Ciência e Tecnologia

Finalmente podemos ter descoberto a causa da diabetes tipo 1

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Há algum tempo, a ciência descobriu que a causa da diabetes tipo 1 era a pouca, ou nenhuma, produção de insulina pelo pâncreas. Entretanto, as causas exatas que levam à doença nunca ficaram bem esclarecidas. Porém, uma célula branca ‘híbrida’, recém descoberta, pode finalmente nos explicar isso. Além de nos ajudar a compreender as origens de uma série de outras mazelas autoimunes.

A descoberta aconteceu em pesquisas conduzidas por uma equipe da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Eles conseguiram identificar um tipo único de glóbulo branco. Tal glóbulo detinha características de duas das células mais importantes de nosso sistema imunológico. Mais detalhes sobre a pesquisa foram publicados na revista científica Cell.

“A célula que identificamos é um híbrido entre os dois laboriosos primários do sistema imune adaptativo, linfócitos B e linfócitos T”, disse o patologista, Abdel-Rahim A. Hamad.

Juntos, esses dois linfócitos saem em uma espécie de caça de invasores e células invasoras que colocam nosso organismo em risco. As células B atuam como detetives, fornecendo detalhes importantes que auxiliam o corpo a identificar os invasores.

Quando amadurecem na medula óssea, os linfócitos se dirigem para lugares como os nódulos linfáticos. Lá, se juntam com assinaturas químicas chamadas antígenos. Os antígenos são sobras de materiais deixadas para trás em batalhas com antigas ameaças. Ao conseguir fazer essas identificações, eles produzem anticorpos para emitir alertas no futuro. Caso essas ameaças surjam novamente. Já as células T, podem ser consideradas caçadoras à espreita de células maléficas.

A variedade, conhecida como citotóxica ou célula ‘assassina’ T, procura no corpo por células com antígenos em sua superfície, e as destrói antes que possam causar qualquer dano. Um outro tipo de célula T, chamada de “ajudante”, envia um comunicado para as células B imaturas para se prepararem para a guerra, se dividindo rapidamente e distribuindo anticorpos por todos os lados.

Depois que tudo fica mais tranquilo, podem restar algumas células B. E é onde ocorre o ataque. Isso só para lembrar à ameaça quem manda no pedaço, caso ela queira voltar. Apesar das analogias, essas ações dependem de um conjunto complexo de hormônios e interações. Fatos estes que envolvem receptores celulares específicos – e que podem cometer alguns erros.

Comportamento das células

Um bom exemplo disso é quando as células T entendem a insulina como se fosse um antígeno. Segundo especulam os pesquisadores, essa pode ser a principal causa da diabetes tipo 1. As células produtoras de insulina no pâncreas são completamente devastadas no início da vida por um ataque do próprio organismo.

Isso envolve um tipo de célula que apresenta antígenos. Incluindo macrófagos e células B, com marcador de superfície variante, comumente associado à condições autoimunes como diabetes a doença celíaca, também conhecida como DQ8.

A insulina se liga ao DQ8, o que hipoteticamente faria as células T se esgotarem, procurando destruir qualquer coisa que se assemelhasse a ele. “No entanto, nossos experimentos indicam que é uma ligação fraca e não é susceptível de desencadear a forte reação imunológica que leva ao diabetes tipo 1”, diz Hamad.

As coisas pareciam desconexas, então os pesquisardes decidiram ir a fundo para descobrir o que poderia transformar uma conexão solta em algo concreto. Eles começaram de onde pararam em pesquisas anteriores sobre as células B. Usando amostras de sangue de voluntários, eles se depararam com uma estranha população de células brancas exibindo receptores para células T e B.

Descobertas

Em análises posteriores, eles descobriram que essas células tinham genes exclusivamente expressos, juntamente com a ativação dos tipos de genes associados a cada linhagem celular individual. Era uma célula B, uma célula T e um tipo especial de célula.

“Isso provavelmente acentua a resposta autoimune, porque um linfócito está realizando simultaneamente as funções que normalmente requerem as ações combinadas de dois”, diz Hamad.

A equipe também descobriu que os receptores de células B nesta célula híbrida (DE), codificada por uma proteína, poderia ajudar a explicar uma ultra reação de insulina. Em simulações de computador, a proteína x-ld liga-se ao DQ8 com mil vezes a força da insulina. O resultado é um super aumento na resposta das células T. O que poderia levar a uma guerra contra as células pancreáticas.

“Esta descoberta, combinada com a nossa conclusão de que o peptídeo x-Id estimula as células T a direcionar o ataque às células produtoras de insulina, apóia fortemente uma conexão entre células DE e diabetes tipo 1”, diz Hamad.

No entanto, mais pesquisas ainda são necessárias para confirmar as ações da célula. Continuar tais investigações é essencial para conseguirmos desenvolver viáveis tratamento para tais condições imunológicas debilitantes.

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