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Garoto transgênero se assume para a avó de 83 anos e tem uma resposta incrível

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Falar sobre identidade de gênero é sempre uma coisa muito complicada pois devemos utilizar da melhor forma as palavras que escolhemos, e escolher bem. Talvez não devesse ser um assunto tão necessário de abordar sempre ou que gerasse tanta polêmica simplesmente por sair da zona de conforto e visto como algo “anormal” para algumas pessoas, por mais que esse seja um pensamento extremamente ignorante e a falta de conhecimento aumenta ainda mais essa ignorância.

Para quem não sabe, transgênero são as pessoas que nasceram com um sexo biologicamente definido mas não se sentem parte do mesmo vive diariamente com a sensação de estarem no corpo errado, e isso lhe causa um desconforto constante. Essa identificação sexual é desde muito cedo, geralmente com 3 ou 4 anos as crianças já afirmam ser o que realmente são (sim, o que são porque se sentem e não o que lhe foi definido de forma biológica).

Todos, mesmo que não vivam essa realidade podem pelo menos imaginar o quão difícil é lidar com essa situação diariamente e percebe que requer uma atenção maior, um acompanhamento profissional e o mais importante de tudo, o apoio e carinho das pessoa amadas. E é aí que começamos a história de Gavin Cueto que com certeza vai renovar a sua fé na humanidade e te deixar bastante comovido.

Gavin nasceu menina mas nunca se sentiu como tal. Desde criança gostava de se vestir como homem e ainda na escola se vestia assim, onde era constantemente zombada pelas outras crianças que chegavam a perguntar “isso é menino ou menina?”

O garoto percebeu e se aceitou transgênero aos 11 anos após assistir uma novela popular que tratava do assunto e na época se sentiu nervoso demais para contar a sua mãe, o medo tomou conta e foi aí que ele tomou uma decisão também delicada, ele iria contar para a sua avó, Elaine,  de 83 anos, e contou!

A princípio ela não entendeu muito bem e disse nunca ter ouvido o termo transgênero então para ela era tudo muito novo, algo que não sabia lidar com tamanha precisão.

Foi aí que Gavin imprimiu alguns documentos a respeito e apresentou a ela que automaticamente disse que o apoiaria independente de qualquer coisa e inclusive insistiu nessa mudança radical dele.

O garoto se emociona ao falar como sua avó agiu e afirma: “Ela foi tão solidária, e me disse que se isso era algo que eu queria fazer, então eu tinha que ir e fazer”.

Quando ele se assumiu e afirmou querer ser um garoto, Elaine chegou a brincar dizendo “Será que não todos?’ Todos nós gostaríamos de ser um homem, porque eles têm uma vida melhor do que nós”. Mas em seguida entendeu e afirma que sempre soube que havia algo de diferente com a criança e disse ter sido ótimo saber para que assim pudesse ajudar.

O garoto afirma que era tudo tão difícil e que chegou a se auto prejudicar perante as dificuldades de aceitação, quando começou a se sentir no corpo errado e que aquele não era ele, e acrescenta que o apoio de sua avó mudou completamente isso, mas ainda tinha a barreira que era o resto da família. Como ele faria isso e como eles iriam encarar.

Sua puberdade foi a fase mais difícil, pois foi quando seu corpo começou a se modificar e ele se sentiu tão feminino, e isso estava o consumindo por dentro de alguma forma. Com o crescimento dos seios, fez de tudo para esconder vestindo roupas largas mas as vezes era impossível.

Mesmo sem coragem de falar com sua mãe de forma diretamente e cara-a-cara, Gavin escreveu uma carta de 4 páginas para ela, contando como se sentia e deixou em cima do sofá antes de ir para a escola. Disse que não sentia-se bem com o próprio corpo e que por esse motivo estava se auto-ferindo.

Foi aí que sua mãe, emocionada por estar entendendo como ele se sentia, decidiu o apoiar acima de qualquer coisa. Disse que quando mais entendia sobre o termo transgênero, mais se sentia segura para apoiar o filho e isso tem mudado a vida dele para melhor a cada dia que passa.

A visibilidade trans no Brasil.

Não é uma realidade distante da nossa, e gostaríamos de mostrar o quão comum isso é em todos os lugares do mundo. No Brasil, tivemos o caso da primeira criança a receber a autorização para a mudança de nome de gênero.

O caso aconteceu no Mato Grosso onde um garoto de 9 anos pôde mudar seu nome para o feminino. O juiz Anderson Candiotto afirmou: “A personalidade da criança, seu comportamento e aparência remetem, imprescindivelmente, ao gênero oposto de que biologicamente possui, conforme se pode observar em todas as avaliações psicológicas e laudos, evidenciando a preocupação dos pais em buscar as melhores condições de vida para a criança”

O nome da criança não foi divulgado pela família para prezar por sua identidade e a guardar de tanto ódio que ainda é proliferado por algumas pessoas.

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