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Gostosofobia: mulher é criticada por levar filho à escola com roupa curta

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O cuidado das pessoas para com quem elas amam difere de uma para outra. Ou seja, cada uma tem sua maneira de cuidar, e se tem uma pessoa que cuidará de seus filhos da melhor maneira possível, essa pessoa é a mãe deles. Contudo, atitudes totalmente sem sentido ainda são julgadas por outros, como foi o caso dessa mulher levando seu filho à escola.

Quando alguém se torna pai ou mãe é comum que cresça uma proteção e uma dedicação acima da média. Não só por parte do amor, mas também pelo instinto natural de cuidar dos próprios filhos que se carrega desde os tempos primitivos.

A prioridade da maioria dos pais é estar ali pelo seu filho, não importa como. Mas uma simples atitude feita por uma mulher com seu filho, de levá-lo na escola, gerou uma grande polêmica recentemente.

Caso

Extra

Na semana passada, o caso da modelo, advogada e empresária boliviana viralizou. A mulher, que estava levando seu filho na escola, foi criticada por estar vestindo um macaquinho de malhar quando foi deixar o filho de quatro anos na escola, em Santa Cruz de la Sierra.

Enquanto deixava o filho, a mulher foi filmada pela mãe de outro aluno que considerou a roupa de Vanesa Medina “inapropriada”. Esse discurso fez muito barulho nas redes sociais.

O mais absurdo é que alguns internautas sugeriram até que o filho de Vanesa fosse retirado da escola por conta das roupas que sua mãe estava usando que, de acordo com eles, não deveriam ser usadas na frente de crianças.

Esse caso não repercutiu apenas na Bolívia. Ele teve muito em foco aqui no Brasil também. Tanto que uma publicação no Twitter chegou a ter 20 mil compartilhamentos. Nesse sentido, vários usuários falaram que a mulher estava sofrendo “gostosofobia”, em tom de brincadeira, é claro.

Mulher

Extra

Na visão dos internautas brasileiros, a mulher foi criticada por conta do seu corpo escultural. Isso teria sido o motivo dela ter sido alvo de preconceito. Além disso, a irmã de Vanesa, Sarah, usou suas redes sociais para dizer que sua irmã também foi alvo de inveja.

“Meu deus, a gostosofobia. O menino não pode ter a mãe bonita que querem expulsar o garoto, coitado”, escreveu uma internauta. Outra postou: “A Gostosofobia tem que acabar já. #SerGostosaNaoÉCrime”. “A gostosofobia está se tornando um problema real, e a sociedade não está discutindo isso”, tweetou outro rapaz.

Além desses comentários, alguns internautas comentaram que valeria a pena sofrer esse “preconceito se a recompensa fosse ser gostosa como a Vanesa”.

“Objetivo de vida: ser gostosa assim e sofrer ataques”, opinou uma. “O crime de ser gostosa, esse eu quero cometer”, postou outra. Uma terceira colocou em sua conta do Twitter: “Fé que um dia o meu filho será expulso da escola por ter uma mãe muito gostosa”.

Opiniões

Pagina Siete

Além de mulheres, vários homens também se manifestaram sobre o caso da mulher. “Carregando o fardo de ser uma grande gostosa. Ai, Deus, que mundo é esse tão cruel em que a gente vive?”. “Já não bastava as gostosas sofrerem com homem agora vão sofrer com mulher”, criticou um usuário da rede social.

Segundo a psicóloga Aline Cataldi, embora a “gostosofobia” seja um conceito sem muito respaldo científico, ela não pode ser tratada somente como uma expressão inventada aleatoriamente nas redes sociais.

“Uma mulher gostosa sem dúvida pode gerar inveja em muitas outras. Acredito que muitas nem querem andar perto por se sentirem menores. Porque podem pensar que não serão olhadas pelos homens. Mas, neste quadro, a pessoa que pode vir a se sentir inferior de alguma forma, esta sim deveria buscar uma terapia para obter ajuda a fim de lidar com essas questões de sentimento de inferioridade, inveja, se for algo exagerado, e autoestima. Respeito as mulheres ditas gostosas que sentem essa rejeição por parte de outras ou outros. Mas só não aceito o termo gotosofobia porque ele não se encontra em nenhum manual de psiquiatria e nem mesmo aprendemos isso em faculdade de psicologia”, explicou ela.

Preconceito

New York Post

A psicóloga, professora universitária e especialista em oratória, Gisela Chicralla, também tem essa mesma linha de pensamento. “A pessoa que é bela e que possuiu um corpo escultural, todo trabalhado, pode sofrer algum tipo de preconceito, julgamento e inveja por pessoas que não possuem tal corpo”, ressaltou.

“Ela pode se sentir mal devido a olhares e comentários que possam acontecer no ambiente em que esteja. O que não pode ocorrer é justamente este incomôdo de quem a olha. Por que a pessoa fica incomodada? É uma questão que a própria deveria resolver. Da mesma forma que essas pessoas fazem comentários depreciativos, deveriam questionar o que gerou este incômodo, o que isto impacta na sua própria vida. As grandes questões são: por que se preocupar com a vida do outro? Por que falar do outro? Por que se sentir mal com o que é falado sobre você? As pessoas esquecem que cada um tem o olhar ou ponto de vista diferente. Não cabe ao outro julgar ou criticar a outra pessoa. Infelizmente, o respeito ao próximo está esquecido de ser colocado em prática na sociedade”, concluiu ela.

Fonte: Extra

Imagens: Extra, New York Post, Pagina Siete

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