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Há 11 mil anos, os cachorros já eram bastante diversos

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Não há dúvidas de que o cão é, de fato, o melhor amigo do homem. Todas as pessoas que dizem ter um cachorro em casa sempre falam sobre a lealdade do bichinho. Nada melhor do que chegar em casa após um dia cansativo e se deparar com um cachorro nos esperando, cheio de felicidade.

O relacionamento dos humanos com os cães é antigo. Entretanto, a história de como esse encontro aconteceu se perdeu no tempo. Por isso não é sabido há quanto tempo exatamente essa relação existe.

Mas segundo uma nova pesquisa, os cachorros foram iniciados no caminho da domesticação bem antes de 11 mil anos atrás. Os pesquisadores sequenciaram de forma cuidadosa o DNA dos cachorros antigos e descobriram que já existia, pelo menos, cinco linhagens genéticas diferentes no fim da última era glacial.

Além disso, eles também sequenciaram o DNA humano atual para conseguir traçar uma relação entre nossas duas espécies ao longo dos milênios.

“Se olharmos para trás, mais de quatro ou cinco mil anos atrás, podemos ver que a Europa era um lugar muito diversificado no que diz respeito a cães. Embora os cães europeus que vemos hoje tenham uma gama extraordinária de formatos e formas, geneticamente eles derivam de apenas um subconjunto muito restrito da diversidade que costumava existir”, disse o geneticista Anders Bergstrom, do Instituto Francis Crick, no Reino Unido.

Cachorros

É sabido que todos os cães domésticos são descendentes de um ancestral lobo compartilhado com o atual lobo cinzento. Mas o momento exato em que essa separação aconteceu tem sido um assunto de grande debate. Alguns afirmam que a domesticação começou há mais de 11 mil anos. Mesmo que essa datação seja controversa.

O que geralmente é aceito é que a domesticação dos cães começou em algum momento entre 40 e 20 mil anos atrás. E, provavelmente, esse processo começou com os próprios lobos que se auto domesticavam enquanto se apegavam aos humanos.

Esse novo estudo revela novas informações sobre essa história de homens e cachorros. O DNA antigo do cão foi conseguido a partir de 32 animais diferentes, de 100 a 10.900 anos, da Sibéria, Europa e Oriente Médio.

Diversidade

Anteriormente, já tinham sido sequenciados cinco genomas. E a equipe sequenciou 27 genomas novos para o estudo antigo de DNA de cães mais completo. Depois disso feito, os genomas foram comparados com uma seleção de genomas de cachorros modernos do mundo todo.

Fazendo isso, a equipe descobriu que existia, pelo menos, cinco linhagens de cachorros já há 11 mil anos. Os pesquisadores as chamam de Levante Neolítico, Carélia Mesolítica, Baikal Mesolítico, América antiga e cães cantores da Nova Guiné.

Então, o processo de domesticação deve ter começado antes desse período. E os traços dessas linhagens podem ser vistos nos cachorros de hoje em dia.

Um exemplo disso são os mastins tibetanos que tem uma mistura forte de linhagens de estepe da Idade do Bronze e dos cães cantores da Nova Guiné. Já os chihuahuas e xoloitzcuintli tem traços d  linhagem da América.

Além dessa descoberta, foi visto que parecia não existir um fluxo genético de ida e vinda entre os cães e os lobos. Segundo pesquisas anteriores sugeriram, que como as duas espécies eram diferentes elas continuaram a cruzar e isso contribuiu para a diversidade dos primeiros cachorros. E realmente eles cruzavam, mas o fluxo gênico parecia ir predominantemente em uma direção, dos cães para os lobos.

Relação

E para ver a relação dos humanos com os cachorros, os pesquisadores compararam o DNA antigo do cachorro aos genomas de 17 humanos que viviam, nos mesmos lugares e no mesmo período de tempo que os animais.

Em vários casos mudanças parecidas, aconteceram tanto no DNA dos cachorros como dos humanos. De acordo com a conclusão dos pesquisadores, isso provavelmente reflete as mudanças no estilo de vida. Como por exemplo, mudar de um lugar para o outro.

“Os cães são nosso parceiro animal mais antigo e mais próximo. Usar o DNA de cães antigos está nos mostrando quão longe nossa história compartilhada vai e nos ajudará a entender quando e onde esse relacionamento profundo começou”, disse o paleogeneticista Greger Larson, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

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