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Imagens mostram que planetas de sistema distante desapareceram

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Usando o poder mesclado de dois dos mais poderosos telescópios do Havaí, os astrônomos capturaram o inacreditável. Os novos registros estão sendo descritos como inovadores por mostrar um sistema planetário ainda em processo de surgimento. Além disso, eles não encontraram evidências de três planetas previamente detectados. Ou seja, as imagens mostram que planetas de sistema distante desapareceram. Isso não significa, contudo, que não existam planetas se formando. A questão é bem mais complexa do que imaginamos.

A técnica demonstra um refinamento de métodos que permitem uma detecção mais precisa de planetas ainda em formação. Ademais, nos dá uma compreensão mais profunda da formação planetária. Sabemos que as estrelas orbitam por um disco de poeira, pedras e gás quando são recém-formadas.

Acredita-se que o acúmulo de matéria planetária ocorre quando as partículas no disco colidem umas com as outras, crescendo gradualmente. A consequência disso gira em torno da coleta e limpeza no caminho orbital, eventualmente formando um planeta.

Mais explicações

Ao longo de pesquisas anteriores, os astrônomos registraram imagens incríveis dos discos protoplanetários, com fortes evidências sobre o “vão” orbital. Além disso, equipes de outrora acreditavam fielmente nas evidências de três planetas “super-Júpiteres” orbitando na estrela LkCa 15. Usando o Telescópio Subaru e o Observatório WM Keck, uma equipe internacional de pesquisadores determinou que a suposta luz planetária estava realmente vindo do próprio disco durante esse tempo todo.

“O LkCa 15 é um sistema altamente complexo”, disse o astrofísico Thayne Currie, do Centro de Pesquisa NASA-Ames. “Antes de analisar nossos dados, também teríamos concluído que o LkCa 15 possui os três planetas.”

As observações trouxeram entrecruzamento de dados basicamente “completos”. No Telescópio Subaru, a equipe utilizou um novo instrumento para detectar as imagens dos planetas, o Subaru Coronagraphic Extreme Adaptive Optics (SCExAO). Este sistema esteve acoplado ao chamado “Espectrógrafo de Imagem de Alta Resolução Angular Coronográfico” (CHARIS), com o objetivo de obter imagens do disco em infravermelho.

O que todos esses dados tem para nos dizer? As imagens mostram que planetas de sistema distante desapareceram? Bom, tanto os dados arquivados quanto as novas observações revelam que a maior parte da luz emanada da estrela é da borda visível. Ela estaria no formato de um arco na seção do disco, que tinha o mesmo brilho anteriormente atribuído aos protoplanetas.

Os planetas existem ou não existem, afinal?

Não, isso não significa que não existam planetas por lá. A equipe acredita na possibilidade, mas seriam apenas um pouco menores e mais escuros do que se pode detectar. Ou seja, talvez eles tenham o tamanho de Júpiter ou Saturno, em vez de enormes “super-Júpiteres”. Caso pudéssemos encontrá-los, inclusive, poderiam nos ajudar a entender melhor o processo de formação planetária. Não apenas em geral, mas no que diz respeito ao nosso próprio sistema.

“Os planetas deste sistema em formação podem realmente ser muito mais parecidos com o nosso do que se pensava anteriormente”, disse o astrofísico Thayne Currie. “Eles estão em algum lugar, possivelmente embutidos no disco. Continuaremos tentando encontrá-los”.

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