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O universo sempre foi um tema de grande interesse para nós. Sua imensidão e todo o desconhecido que o circunda atiçam a curiosidade de todos os cientistas. Do mesmo modo que a de pessoas, que são intrigadas para saber o que tem nesse universo além de nós. Em suma, o espaço é algo impactante.
Por décadas, nós estamos apontando as lentes em direção ao céu para capturar imagens. Além disso, até mesmo os primeiros foguetes que foram lançados ao espaço trouxeram de volta câmeras do espaço.
No começo, as fotografias voltavam granuladas, pouco claras e incolores. Claro que a tecnologia evoluiu e permitiu imagens melhores e dos mais variados ângulos e lugares.
Telescópio
Como por exemplo, esse novo sistema de telescópio que conseguiu capturar a imagem de maior resolução da lua que já se tirou da Terra. A cena foi possível graças à tecnologia de radar.
Se engana quem pensa que foi fácil registrar o momento. Foram necessários anos de trabalho para se chegar a um resultado tão detalhado. O ponto focal é a cratera Tycho, que é uma das impressões mais proeminentes da lua.
Por mais que a foto tenha sido tirada de centenas de milhares de quilômetros de distância, vendo a imagem parece que se está voando sobre a superfície do satélite natural do nosso planeta. Observando a cena parece que cada ruga da superfície se destaca nitidamente.
Imagem
A resolução da foto é de cinco metros por cinco metros, tendo aproximadamente 1 bilhão e 400 milhões de pixels. Tudo isso junto abrange a largura da cratera Tycho, todos os seus 86 quilômetros de diâmetro, e muito mais.
O telescópio que conseguiu esse registro foi o Green Bank Telescope (GBT) da National Science Foundation, localizado em West Virginia. Ele é o maior radiotelescópio dirigível do mundo. É isso que dá aos astrônomos a possibilidade de apontar suas lentes para qualquer direção que quiserem.
No começo de 2021, o telescópio foi equipado com um novo transmissor de radar, desenvolvido pela Raytheon Intelligence & Space. Esse transmissor é capaz de enviar pulsos para o espaço próximo. E conforme cada um desses sinais bate na superfície da lua, o Very Long Baseline Array do National Radio Astronomy Observatory (NRAO) os recupera.
“Os pulsos armazenados são comparados entre si e analisados para produzir uma imagem”, explicou o engenheiro do GBO Galen Watts.
Tecnologia
Esse sistema foi testado em janeiro. Na ocasião, os pesquisadores fizeram uma imagem de radar do lugar onde a missão Apoll0 15 pousou. Isso foi feito para provar, de fato, que eles conseguiriam obter cenas de alta definição daqui do nosso planeta.
Feito isso, viram que realmente era possível. Depois de meses, os cientistas conseguiram uma imagem com uma resolução ainda maior da cratera Tycho.
“O transmissor, o alvo e os receptores estão todos em constante movimento à medida que nos movemos através do espaço. Embora você possa pensar que isso pode dificultar a produção de uma foto, na verdade, produz dados mais importantes”, explicou Watts.
Cada pulso de radar que volta para a Terra tem informações com uma orientação um pouco diferente. Com isso, os astrônomos conseguem obter mais ângulos do que se fosse feito uma observação estacionária. Isso quer dizer que, dessa forma, eles conseguem calcular a distância até um alvo e a velocidade desse alvo com uma precisão maior.
“Nunca se registrou dados de radar como esses a esta distância ou resolução. Isso foi feito antes em distâncias de algumas centenas de quilômetros, mas não nas escalas de centenas de milhares de quilômetros deste projeto, e não com as altas resoluções de um metro ou mais nessas distâncias”, ressaltou Watts.
Agora, os astrônomos esperam que essa nova tecnologia dê a eles chance de explorar partes do nosso sistema solar que nunca foram vistas. E o melhor de tudo, isso pode ser feito da Terra.
Fonte: https://www.sciencealert.com/this-exquisitely-detailed-shot-of-the-moon-s-tycho-crater-was-taken-from-earth
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