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Impressionantemente uma porcentagem pequena do nosso DNA é exclusivamente ”humana”

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O ácido desoxirribonucleico, ou DNA, é o grande elemento que une as várias pontas da existência. Desde o mundo animal ao vegetal, valendo para todo o planeta Terra. É de conhecimento de todos que o DNA é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas, que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e de alguns vírus. Além disso, transmite as características hereditárias de cada ser vivo. Resumindo, o DNA é a matéria que nos torna o que nós somos.

Ademais, já se ouviu que os humanos modernos compartilham grande parte do genoma com as bananas. Então, quanto será que o genoma é exclusivamente Homo sapiens?

Estudo

De acordo com um novo estudo, esse número poderia ser tão pequeno quanto 1,5%. O resto seria compartilhado com nossos parentes antigos. Como por exemplo, os neandertais e os denisovanos.

“Geramos um mapa dentro de genomas humanos de ancestralidade arcaica e de regiões genômicas não compartilhadas com hominídeos arcaicos. Descobrimos que apenas 1,5 a 7% do genoma humano moderno é exclusivamente humano”, escreveram os pesquisadores.

Essa tarefa de desmembrar o que é nosso e o que veio dos nossos ancestrais é uma coisa bem difícil. Por exemplo, como os pesquisadores vão saber quais variantes genéticas são provenientes do cruzamento de neandertais com homo sapiens e quais variantes foram passadas para as duas espécies através de um ancestral comum?

Para isso, a equipe queria criar um sistema que pudesse identificar os eventos de mistura, e também a herança compartilhada. Isso ajudaria a determinar quais são as regiões do genoma exclusivamente nossa.

Análises

Então, eles criaram um algoritmo chamado Speedy Ancestral Recombination Graph Estimator (SARGE). Com ele, os estudiosos puderam mapear como nossos genes se entrelaçaram no tempo e nas espécies. Se separando e se unindo de novo em pontos diferentes. Fizeram isso usando os chamados gráficos de recombinação ancestral.

Os pesquisadores usaram o SARGE em 279 genomas humanos modernos da África e de outros lugares, em dois de neandertais de alta qualidade e um genoma de denisovano também de alta qualidade.

“Usando o gráfico de recombinação ancestral resultante, mapeamos a ancestralidade Neandertal e Denisovana, classificação de linhagem incompleta e a ausência de ambos nos genomas humanos modernos. Encontramos evidências de pelo menos uma onda de mistura de Neandertal com os ancestrais de todos os não-africanos”, escreveram os pesquisadores.

Além disso, junto com os 1,5 a 7% do genoma que é exclusivo dos humanos modernos, também encontraram “evidências de várias explosões de mudanças adaptativas específicas para os humanos modernos nos últimos 600.000 anos, envolvendo genes relacionados ao desenvolvimento e função do cérebro”.

DNA

Conforme explicaram os pesquisadores, a maioria dos genes exclusivamente nossos não tinham funções desconhecidas, mas sim, genes bastante conhecidos que codificavam proteínas usadas no cérebro.

Claro que isso ainda nem chega perto do fim da história. Para começar, entre 1,5 a 7% é um intervalo bem grande. Por isso, os pesquisadores acham que podem torná-lo mais específico com mais genomas e mais estudos.

E também existiram outras análises olhando para a porcentagem de DNA que foi retirada dos ancestrais. Então, é improvável que esse estudo seja a última palavra sobre o assunto.

“É extremamente tentador especular que uma ou mais dessas explosões tiveram algo a ver com o comportamento incrivelmente social que os humanos têm, mediado em grande parte por nosso controle especializado da fala e da linguagem”, concluiu o paleogeneticista de Santa Cruz e um dos pesquisadores da Universidade da Califórnia

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