Hoje em dia é comum encontrar mulheres trabalhando e sustentando famílias inteiras em várias partes do mundo. Acontece, no entanto, que há lugares onde a cultura ainda permanece essencialmente machista e que as mulheres ainda são tratadas como seres menores, seja em tamanho, força ou inteligência. O Irã e outros países do oriente médio são bons exemplos disso.
Aliás, na última semana, mais um acontecimento nessa região chocou o mundo pela imprudência e parcialidade das autoridades. Isso porque Reyhaned Jabbari, uma jovem iraniana de 26 anos, foi executada, na madrugada de sábado (25), por ter tirado a vida do homem que a violentou.
Segundo informações da Agência Efe, a garota foi enforcada pelas autoridades judiciais do Irã por não ter recebido o perdão da família do médico, Morteza Abdolali Sarbandi, que a teria estuprado. Essa, aliás, era a única forma de Reyhaned ser liberta de sua condenação.
Conforme vazou na imprensa internacional, o homem acusado de ter violentado a iraniana tinha laços com o Ministério de Inteligência do país. Esse fator, então, teria endurecido ainda mais o julgamento da menina.
O crime, aliás, teria acontecido em 2007, quando Reyhaneh teria esfaqueado Sarbandi nas costas, depois de ter comprado a arma dois dias antes. Mas, conforme a corte do país, o ferimento no corpo do homem não indicava que o homicídio havia sido cometido em legítima defesa, descantando então a alegação de tentativa de estupro.
A Anistia Internacional e demais grupos de defesa dos direitos humanos tentaram, por anos, recorrer à pena de execução de Reyhaneh Jabbari. No entanto, o desfecho da história foi trágico.
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