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James Webb divulga sua primeira imagem de um planeta fora do Sistema Solar

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O telescópio James Webb é o observatório espacial mais poderoso já construído. Seu lançamento foi muito aguardado e desde que finalmente começou sua missão, ele vem fazendo imagens impressionantes e que intrigam os cientistas.

Agora, pela primeira vez, o telescópio capturou imagens de um exoplaneta, ou seja, um planeta fora do sistema solar. As fotos foram divulgadas pela NASA e pela ESA, as agências espaciais dos EUA e Europa, respectivamente, na quinta-feira dessa semana.

Na imagem se destaca o exoplaneta. De acordo com explicação da NASA, a estrela branca pequena em cada quadradinho marca a localização da estrela hospedeira do HIP 65426 b. Ela foi tirada digitalmente porque a sua luz forte bloqueava a visão do planeta.

Imagem

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Esse exoplaneta capturado pelo James Webb é um gigante gasoso a 355 anos-luz de distância e tem sua massa aproximadamente oito vezes a massa de Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Além disso, por ele ser formado de gás, o exoplaneta não tem superfície rochosa e por isso não pode ser habitável.

De acordo com a NASA, as imagens, que são vistas através de quatro filtros de luz diferentes do James Webb, mostram o poder dos instrumentos desse super telescópio. Elas também comprovam que as futuras observações que ele fará revelarão mais informações do que nunca foram feitas a respeito desses exoplanetas.

“Este é um momento transformador, não apenas para o Webb, mas também para a astronomia em geral”, disse Sasha Hinkley, professora associada de física e astronomia da Universidade de Exeter, no Reino Unido.

James Webb

G!

Como explica a agência americana, os astrônomos descobriram o planeta em 2017 usando o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul no Chile e já tinham tirado imagens.

E por mais que essas novas imagens pareçam de “baixa qualidade” para quem não é especialista, o diferencial é que como o James Webb enxerga em comprimentos de onda diferentes do VLT, os astrônomos têm a chance de observar novos detalhes a respeito desse gigante gasoso, que não seriam vistos por telescópios terrestres.

“Eu acredito que o aspecto mais emocionante disso é que estamos apenas começando”, afirmou Aarynn Carter, pesquisador de pós-doutorado da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, que liderou a análise das imagens.

Registros

G1

Esse super telescópio tem feito registros desde que foi lançado. E justamente pelo James Webb conseguir ver além do que os outros telescópios podiam, seus registros são sempre notícia.

Como o feito de uma galáxia a aproximadamente 500 milhões de anos-luz de distância da Terra, essa galáxia foi apelidada de “Roda de Carro”, por conta da sua semelhança com esse objeto. Além dela, à sua esquerda é possível ver galáxias espirais menores.

De acordo com a NASA, a “Roda de Carro” era provavelmente uma galáxia espiral, da mesma forma que a Via Láctea é, antes de colidir com uma outra galáxia menor há mais de 400 milhões de anos. Teria sido essa colisão que deu o seu formato característico.

“Agora, esse sistema é composto por 2 anéis – um anel interno brilhante e um anel colorido circundante. Ambos se expandem para fora do centro como ondulações de um lago”, afirmou a NASA em um comunicado.

Essa galáxia já foi flagrada por outros telescópios, como pelo famoso Hubble. No entanto, como a grande quantidade de poeira acaba obscurecendo a visão dessa galáxia por telescópios de luz visível, determinadas estruturas não puderam ser vistas até esse registro feito pelo telescópio James Webb.

Isso porque o James Webb consegue observar em infravermelho, que é um método que ultrapassa a nuvem de poeira. Através dela, estrelas individuais assim como regiões de formação desses astros dentro da galáxia puderam ser vistas facilmente.

Outro ponto importante é que com esses novos dados divulgados, os cientistas podem entender melhor o comportamento do buraco negro que fica ao centro da “Roda de Carro”, mesmo que esse buraco negro não seja visível no registro feito pelo telescópio.

“Esses novos detalhes nos fornecem uma compreensão renovada de uma galáxia que está em meio a uma lenta transformação”, disse a Agência Espacial Europeia (ESA), que também faz parte do consórcio internacional que levou o James Webb ao espaço.

Fonte: G1

Imagens: G1

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