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Japão afirma que Coreia do Norte lançou míssil por cima do país

Míssil da Coreia do Norte
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O governo do Japão afirmou que a Coreia do Norte lançou um míssil por cima do território na manhã de terça-feira (4), na hora local. A informação foi corroborada pelas autoridades da Coreia do Sul.

Desse modo, o secretário-chefe do gabinete do governo japonês, Hirokazu Matsuno, condenou a ação, afirmando que “as repetidas ações norte-coreanas são um sério desafio para a paz internacional”.

O gabinete japonês também publicou no Twitter que “acredita-se que o míssil tenha caído no Oceano Pacífico por volta das 7h29”. Ele caiu no mar a cerca de 3.000 km da costa japonesa e poderia tratar-se de um míssil intercontinental. O míssil percorreu uma distância de cerca de 4.600 quilômetros, com uma altitude de cerca de 1.000 quilômetros e uma velocidade máxima que atingiu Mach 17, que é 17 vezes a velocidade do som, segundo autoridades japonesas.

“Este é um míssil que a Coreia do Norte começou a testar em 2017… Portanto, não é realmente um míssil novo”, disse Jeffrey Lewis, diretor do Programa de Não Proliferação da Ásia Oriental do CNS. O especialista aponta que o míssil disparado provavelmente era um Hwasong-12, testado pela última vez em janeiro.

Porém, ele acrescentou que seu lançamento é significativo por causa da distância que pode percorrer. “A Coreia do Norte tem muitos mísseis que têm um alcance menor, e esses não passariam pelo Japão, mas eles têm um pequeno número de mísseis que podem fazer essa viagem”, disse ele.

Japão promove refúgio

Assim, esse teste da Coreia do Norte provocou um alerta do governo japonês para que alguns moradores buscassem refúgio. “A Coreia do Norte parece ter lançado um míssil. Por favor, evacuem para edifícios ou abrigos subterrâneos”, disse o governo em um alerta emitido às 7h29 de terça (19h29 de segunda-feira em Brasília).

De acordo com a emissora nacional japonesa NHK, o alerta ficou em vigor para duas regiões do norte do Japão. Algumas horas depois, o ministro da Defesa, Yasukazu Hamada, afirmou que o Japão não descarta nenhuma opção. “À luz desta situação, continuaremos a examinar todas as opções — incluindo as chamadas ‘capacidades de contra-ataque’ e não descartaremos nada, pois continuamos a trabalhar para fortalecer fundamentalmente nossas habilidades de defesa”, disse o ministro, em coletiva de imprensa.

Vale destacar que autoridades da Coreia do Sul, assim como dos Estados Unidos, alertam para a possibilidade de o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, realizar outro teste nuclear. Ambas as fontes afirmaram acreditar que isso possa acontecer após o próximo congresso do Partido Comunista na China, em 16 de outubro.

Lançamentos anteriores

Líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un
11/04/2020 KCNA/via REUTERS

Esse disparo marca o 23º lançamento de mísseis balísticos da Coreia do Norte somente este ano, sendo que é o maior número de mísseis balísticos lançados em um único ano desde que o líder Kim Jong Un assumiu o poder em 2012.

A Coreia do Norte, alvo de diversas sanções da Organização das Nações Unidas por causa de seus programas de armas, normalmente busca maximizar o impacto geopolítico de seus testes em momentos específicos.

Na manhã do dia 1º de setembro, a Coreia do Norte disparou um míssil balístico não especificado em direção à sua costa leste. Foi o quatro disparo que Pyongyang realizou em apenas uma semana. Como o país costuma fazer os disparos em momentos propícios, dessa vez não foi diferente.

Isso porque os lançamentos aconteceram depois que os Estados Unidos e a Coreia do Sul realizaram o Ulchi Freedom Shield. Trata-se do maior exercício militar conjunto em cerca de cinco anos. Isso ocorreu depois que a vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, visitou Seul no final de setembro.

A guarda costeira do Japão também relatou ao menos dois testes de mísseis balísticos anteriores que suspeitam ter sido conduzidos pela Coreia do Norte. O país disparou mísseis antes e depois da visita de Kamala Harris à Coreia do Sul.

Fonte: G1

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