As cobras e serpentes estão associadas a crenças e mitos desde os primórdios dos tempos. Por mais que elas não tenham realmente alguns dos poderes relatados nessas crenças, esses animais conseguem fascinar muitas pessoas, ainda mais quando eles têm uma coloração diferente do comum, como é o caso dessa jiboia arco-íris.
Como o próprio nome diz, essa jiboia tem as cores do arco-íris em sua pele. É uma característica bem conhecida da Epicrates cenchria, popularmente conhecida como “jiboia arco-íris”.
Recentemente, uma serpente dessa espécie foi encontrada em Vilhena, em Rondônia. Depois de ter sido encontrada, a jiboia foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros no bairro Santos Dumont e entregue para avaliação de especialistas da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma).
Segundo a prefeitura, na terça-feira dessa semana, a cobra foi devolvida para a natureza por já estar com um bom estado de saúde.
Colorida
A jiboia chama atenção por suas cores. Mas por que ela é colorida? Essa espécie ganha as cores do arco-íris quando é exposta à luz do sol por conta de um fenômeno óptico conhecido como iridescência.
“Quando o raio solar bate no seu couro, a luz refletida tem as cores do arco-íris e forma um padrão lindo em suas escamas. Esse processo é chamado de iridescência, e daí vem o seu nome”, comentou Rafael Fonseca, assessor da Semma de Vilhena.
Esse fenômeno também acontece com o arco-íris. Mas no seu caso, ele é um fenômeno meteorológico que surge no céu depois das chuvas quando a luz do sol atravessa as gotas de água no ar.
“O efeito óptico é causado por componentes cristalinos (cristais de guanina) que se acumulam nas escamas da espécie e funcionam como prismas que decompõem a luz em diferentes cores, presentes também no arco-íris, porém, nas camadas de vapor d’água na atmosfera”, informou a Semma.
Jiboia
Mais rara
Além da jiboia arco-íris, já foram encontradas outras jiboias interessantes no Brasil, como por exemplo, a ‘Jiboia do Ribeira’, Corallus cropanii, encontrada viva em Sete Barras, município localizado na região do Vale do Ribeira, no interior de São Paulo. Essa jiboia é considerada a espécie mais rara do mundo.
De acordo com pesquisadores do Instituto Butantan, esse é o segundo exemplar visto região. O primeiro foi capturado em 2017 por moradores locais.
A espécie foi vista pela primeira vez há mais de 60 anos. O exemplar foi encontrado em Miracatu, município que também está localizado no Vale do Ribeira. Desde o primeiro registro da espécie, pesquisadores passaram a buscar por outros exemplares da mesma espécie.
Ambas as “Jiboias do Ribeira” que foram encontradas na região foram capturadas. Os animais foram resgatados com o intuito de fomentar o projeto de educação e conservação ambiental vigente no local. O trabalho vem sendo realizado desde 2016 e conta com o apoio de moradores da área rural do Guapiruvu.
A descoberta mais recente aconteceu no fim de outubro de 2020. Contudo, ela só foi divulgada depois dos especialistas realizarem as primeiras análises. Segundo os pesquisadores que avaliaram a espécie, a jiboia era uma fêmea adulta e tinha 1,35 metro de comprimento e 1,2 quilos.
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