Ciência e Tecnologia

Jovem dorme apenas 5 horas por dia por conta de um experimento

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Quando somos meras crianças inocentes, nossos pais precisam nos ensinar um monte de coisas. Com eles, aprendemos a caminhar, falar, e até mesmo a dormir. Sim, até a dormir! Quem é que nunca escutou a mãe gritar: “VAI DORMIR LOGO QUE JÁ TÁ TARDE!”… Em algum momento já deve ter acontecido algo parecido com você. Bem, a questão é que desde pequenos, somos acostumados com a ideia do sono monofásico – quando dormimos somente uma vez por dia, normalmente durante a noite.

No entanto, a vida adulta chega e nos dá um tapa na cara. Precisamos aprender a lidar com um monte de atividades ao mesmo tempo. É trabalho, estudos, relacionamento, sem contar tantas outras atividades a mais que podemos ter. O ato de dormir, embora passe a ser muito cobiçado, também parece ser um desperdício de tempo. Afinal, você poderia investir aquelas horas de sono em alguma atividade e adiantar a sua vida, não é mesmo? Será que não existe outra forma de dormir, que nos torne mais produtivos?

Esta foi uma das questões que incentivou o desenvolvimento do sono polifásico. Existem vários métodos que podem ser adotados, mas de forma geral, consiste em diminuir a quantidade de horas a dormir, e ainda dividi-las durante alguns períodos do dia. Por exemplo, uma pessoa que adota esse tipo de sono pode dormir de 20 a 30 minutos, a cada 4 ou 6 horas. É algo muito adotado por pessoas que querem ser mais produtivas. Mas e aí, será que realmente ajuda ou apenas atrapalha?

Jovem resolve fazer o teste

Um jovem chamado Ryan Bergara (imagem acima) decidiu encarar o desafio e testar se realmente funcionava. Durante esse tempo de descoberta, ele estudou os tipos de sono polifásico para entender qual seria o que melhor se adaptaria ao seu caso. Um dos primeiros que analisou foi o conhecido como horário de Uberman. Está entre um dos mais populares e polêmicos, por ser muito rígido.

Nele, as pessoas tiram apenas 6 sonecas de 20 minutos ao longo do dia… O que reduz o tempo de sono diário para apenas 2 horas, o que pode ser considerado muito pouco para que alguém consiga recuperar suas energias. Por outro lado, isso poderia representar na vida de alguém, cerca de 20 anos a mais acordado… Isso se ele sobrevivesse tempo suficiente.

Mas na verdade, o horário adotado por Ryan foi aquele conhecido como Everyman, que consiste no seguinte: dormia durante 4,5 horas durante a noite, e tirava duas sonecas de 20 minutos durante o dia. Isso faria com que ele dormisse um pouco mais do que 5 horas diárias.

Preocupado com o que poderia acontecer, ele teve suporte do Dr. Alon Avidan (imagem acima), especialista em sono da UCLA. O doutor alertou o jovem sobre os possíveis riscos, dizendo que não era uma boa ideia… Já que qualquer pessoa precisa de mais do que isso para viver bem.

Começa o experimento

dormir

Os primeiros dias foram particularmente difíceis para Ryan. Ele conta: “O dia 1 e 2 foram especialmente difíceis para mim. No dia 2, era difícil conseguir a energia para funcionar ou completar as funções diárias“. Menciona ainda que foi alertado pelo Dr. Alon sobre os sintomas que poderia apresentar a curto prazo, a exemplo de problemas de memória, falta de criatividade, e alta irritabilidade. É, parece que ele estava certo… Se sentia exausto!

Já no quinto dia, ele conta que as coisas começaram a ficar bem estranhas. Parecia estar meio fora de si e agir muito por impulso. Sem contar as longas crises de riso que ele apresentava com alguma frequência. Dores de cabeça também começaram a aparecer.

No sétimo dia é que as coisas ficaram realmente complicadas. Ryan já não aguentava mais e decidiu por fim a tudo aquilo. Mal esperou que o dia acabasse para ir direto pra sua cama e dormir um pouco mais do que nos últimos dias. Quando questionado se recomendaria esse tipo de sono para alguém, ele diz: “Definitivamente não. Talvez para algumas pessoas geneticamente projetadas para dormir assim funcionasse. Mas para a maioria, é melhor ficar com as 7 ou 8 horas do sono monofásico“.

De modo geral, especialistas alertam sobre os riscos desse tipo de método. Na tentativa de aumentar sua produtividade, você pode acabar com graves problemas de saúde. O melhor continuará sendo dormir de 7 a 8 horas por dia, no nosso tão querido sono monofásico. Abaixo, você pode conferir o vídeo completo produzido por Ryan durante seus dias de experiência. Dá uma olhada!

E então pessoal, o que acharam? Já tiveram alguma experiência com o sono polifásico? Compartilhem suas ideias e experiências com a gente aí pelos comentários!

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