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Lula rara e com formato estranho foi capturada em vídeo no mar profundo

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Nosso planeta esconde segredos que nem mesmo os maiores cientistas conseguiram compreender. Por causa de sua imensidão e tempo de vida, muita coisa ainda é segredo para nós. Pesquisadores, no entanto, desvendam diversos mistérios diariamente. Como por exemplo, novas espécies de animais, plantas e outras curiosidades.

O oceano é uma das partes mais inexploradas e, justamente por isso, surpreendentes do planeta Terra. A imensidão desses lugares abriga um número incontável de criaturas de todos os tipos. Além de fenômenos curiosos.

As profundezas dos oceanos sempre surpreendem os estudiosos. Por mais que elas tenham pressões esmagadoras e uma escuridão hostil para nós humanos, cada vez mais descobertas estão sendo feitas neste ambiente, graças à tecnologia robótica.

Profundezas

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Até porque, essa parte sem luz do mundo está cheia de vida própria. Vida que evoluiu para conseguir prosperar nessas condições e que parece bem diferente de qualquer coisa que se possa encontrar em praias secas.

Na maior parte da nossa história, acessar esse tipo de vida era impossível. Contudo, com a invenção dos veículos subaquáticos operados remotamente, ou ROVs, descobrir e visualizar esse tipo de vida tem se tornado cada vez mais possível.

Como por exemplo, em outubro de 2019, os cientistas do Schmidt Ocean Institute, a bordo do navio de pesquisa Falkor, acharam uma criatura fascinante enquanto pilotavam o ROV SuBastian. Eles se depararam com uma lula raramente vista.

Criatura

 

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Esse gênero de lula habita às profundezas mesopelágicas e batipelágicas inferiores do oceano, que ficam até quatro mil metros de profundidade. Essa profundidade é quase que inteiramente fora do alcance dos raios solares.

O chamado Planctoteuthis visto na filmagem parece muito pouco com uma lula. Ele tem uma cauda longa e ornamentada com vários apêndices, e seus braços parecem ser bem pequenos. Além disso, nesse animal, a cauda é decorada com fitas azuis longas e células chamadas iridóforos que brilham quando o animal se move.

Os iridóforos são pilhas de células bem finas que podem refletir a luz em diferentes comprimentos de onda. Nesse caso, eles brilharam dourados refletindo a luz dos faróis do ROV.

Geralmente, essas células podem aproveitar a pouca luz no habitat da lula para piscar. Contudo, seu propósito ainda é desconhecido. Pode ser que elas funcionem para atrair presas, assustar os predadores, se comunicar com outras lulas, ou então uma combinação de tudo isso.

Expedições

Como é raro ver o Planctoteuthis em seu habitat natural, os pesquisadores não sabem muito a seu respeito. E quando uma criatura não se prece com sua espécie, se pode apostar que ela se assemelha com outra coisa. Isso se chama mimetismo e, no reino animal, várias vezes dá vantagens às criaturas para evitarem predadores.

Acredita-se que o Planctoteuthis se pareça com um sifonóforo, que é um anima composto que tem células urticantes e lança luz para atrair a presa. Por isso, o Planctoteuthis pode estar “sequestrando” essa aparência para tentar atrair presas, mas ao mesmo tempo afastar os predadores que, geralmente, teriam medo de serem picados por um sifonóforo.

Conforme os pesquisadores mergulham e exploram as profundezas dos oceanos, aprendem mais a respeito dessas lulas misteriosas. E cada expedição está trazendo avistamentos raros que mostram um pouco mais desse mundo tão estranho, belo e misterioso.

Fonte: https://www.sciencealert.com/this-rare-otherworldly-squid-was-caught-on-film-on-a-deep-sea-dive

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