Ciência e Tecnologia

Misteriosas ondas sísmicas fizeram a Terra tremer e ninguém sabe a origem

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No dia 11 de novembro de 2018, sensores de terremoto do mundo todo sentiram um estranho evento sísmico. No entanto, ninguém conseguiu explicar exatamente o que aconteceu. A causa da perturbação ainda continua desconhecida, porém, acreditam os cientistas que ela possa estar ligada a uma série de eventos do tipo que tem ocorrido no arquipélago da ilha de Mayotte, no Oceano Índico, há algum tempo.

Ha quase meio ano antes desse evento, uma série de micro terremotos também começou a ocorrer na região. Terremotos pequenos e frequentes se originaram a aproximadamente 50 quilômetros da costa leste de Mayotte. O aglomerado de ilhas entre a África e Madagascar é governado pela França. Porém, a nação insular de Comores também a reivindica.

Os tremores

Em 10 de maio deste ano, a região foi tomada de surpresa por um terremoto seguido de diversos outros tremores que ainda não desapareceram. Um deles, o maior já registrado na bacia de Comores, atingiu 5,8 de magnitude na Escala Richter. Mesmo diminuindo a intensidade dos tremores, recentemente um tremor de 5,1 de magnitude serviu como um lembrete de que as coisas ainda estão acontecendo por lá.

Apesar de todo o susto e dos tremores soarem alarmantes, eles não são de fato eventos perigosos. Segundo os pesquisadores da Escola Normal Superior de Paris, na França, em uma análise preliminar da situação, os tremores não acontecem somente pelos movimentos tectônicos e que a atividade vulcânica na região pode ter ligação com os eventos.

No dia 11 de novembro, uma vibração estranha, consistente, sem flutuações agudas, que são assinatura de terremotos habituais, foi registrada pelos cientistas. O sinal atípico de baixa frequência se repetiu a cada 17 segundos por cerca de 20 minutos. “Há muitas coisas que não sabemos. É algo completamente novo nos sinais em nossas estações”, disse Nicolas Taillefer, engenheiro de pesquisa e chefe da unidade de risco sísmico e vulcânico da BRGM.

Hipóteses

Apesar das dúvidas, a equipe de Taillefer possui uma hipótese sobre o que esta ocorrendo. Segundo eles, os eventos sísmicos e a vibração anômala sejam fruto, além da atividade vulcânica, de um enorme movimento de magma sob o Oceano Índico. Outra descoberta é de que, talvez, Mayotte não seja estacionária.

Leituras de GPS indicaram que desde que o eventos se iniciaram, a ilha descolocou 60 mm (2,4 pol) para o leste e 30 mm (1,2 pol) para o sul. Embora mais pesquisas sejam necessárias para se confirmar, os pesquisadores acreditam que isso possa ter acontecido devido a um esvaziamento de um reservatório de magma próximo das ilhas.

Até o momento, ninguém pode dizer ao certo o que irá ocorrer, porém, tudo indica que Mayotte pode continuar a se movimentar enquanto os eventos persistem. “Essas observações, portanto, respaldam a hipótese de uma combinação de efeitos tectônicos e vulcânicos, responsáveis ​​por um fenômeno geológico envolvendo uma sequência sísmica e um fenômeno vulcânico. Tal hipótese precisará ser confirmada por futuros estudos científicos”, explica a BRGM.

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