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Mobylette é recriada em versão elétrica e já está à venda

Mobylette
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O ano de 2022 mal começou e já tem sido marcado por diversos lançamentos que agradam aos apaixonados por tecnologia e, mais ainda, pelo meio automobilístico. A Caloi, que é uma importante marca de bicicletas, juntou as duas paixões e recriou a Mobylette, mas agora em versão elétrica.

Uma das características do lançamento é que a nova Mobylette, apesar de se parecer com aquela que fez tanto sucesso nas décadas de 1970 e 1980, não tem mais o característico barulho do motor, que era possível ouvir de longe quando alguém passava na rua pilotando uma dessas.

Para celebrar o renascimento do modelo, o anúncio da nova Mobylette da Caloi foi feito em forma de poesia. Curioso, não? Confira, na íntegra, a poesia criada para anunciar a nova motocicleta:

“Parece que ela nunca foi embora.

Ela sempre esteve entre nós.

Nas boas memórias do passado.

No coração do colecionador que nunca a abandonou.

No rolê dos amigos que sempre se juntaram para manter a chama acesa. Mas o fato é que agora ela está de volta.

Só que ainda melhor, e remixada para o futuro.

Se você já possui um estilo de vida consciente, chegou a hora de acelerar em direção ao futuro da mobilidade”.

As características da nova Mobylette

Montada em Manaus (AM), a nova Mobylette não esconde suas raízes retrô. Quadro de alumínio e selim são exatamente os mesmos do modelo original, com design bem marcante que ultrapassou gerações. O garfo continua sendo feito de aço, e o freio a disco é hidráulico, com sensor no manete.

O ponto mais marcante da motocicleta é o fato de que ela foi adaptada para ser elétrica. No entanto, muitas outras características marcam o novo lançamento. Em termos de design, a Mobylette da Caloi manteve o estilo clássico daquela que foi lançada em 1975, a exemplo do quadro de alumínio, que é exatamente o mesmo do modelo original. A principal diferença à primeira vista está nos pneus, agora mais largos, e nas rodas de 20 polegadas.

Caloi

Ela também possui um motor de cubo sem escovas de 350W de potência, que pode ser acionado tanto pelas pedaladas (como era feito no modelo da década de 1970) quanto pelo acelerador integrado ao moderno display. A bateria da Mobylette elétrica é de íon-lítio, bivolt, de 36V e 10.4 Ah. Instalada sob o banco, a promessa é de dar ao “piloto” pelo menos 30 quilômetros de autonomia a cada carga.

A moto elétrica também possui bagageiro com capacidade para cinco quilos, display com três níveis de assistência de pedal assistido (Eco, Mid e High) e atinge velocidade máxima de 25 km/h. Aqui está outra característica bastante diferente da primeira Mobylette criada, que chegava aos 60 km/h.

Outro ponto importante é que ela pesa apenas 30 quilos! É possível carregar facilmente a Mobylette, o que é importante caso a bateria acabe antes de chegar ao destino. Por enquanto, a nova moto será vendida pela Caloi somente por meio da plataforma de e-commerce Mercado Livre pelo preço de R$ 9.199.

Mobylette

Caloi

A promessa da fabricante é que as unidades sejam disponibilizadas em breve também nas lojas físicas, mas, por enquanto, quem quiser adquirir o veículo de duas rodas só poderá fazê-lo online. Aos interessados, vale ressaltar que é bom ficar atento e se apressar para adquirir a nova Mobylette, já que o primeiro lote colocado à venda esgotou em menos de 24 horas.

A história da Mobylette

Uma curiosidade sobre esses veículos de duas rodas é que, originalmente, as Mobylettes eram produzidas no Brasil pela Garelli. A marca foi posteriormente comprada pela Caloi, que consolidou o estilo no país. No início, Mobylettes eram apenas os ciclomotores vendidos pela Caloi (e, antes, pela Garelli).

Com o tempo, qualquer ciclomotor encontrado no mercado passou a ser intitulado assim. Vale salientar que a Caloi fixou sua fábrica na Zona Franca de Manaus e que importava peças da França com a isenção de impostos, o que permitiu a produção e venda em larga escala.

A empresa obteve muito sucesso com as vendas da Mobylette desde que foi lançada, principalmente por conta da qualidade da moto e pela forte campanha publicitária. O ciclomotor possuía motor a dois tempos, sistema automático de embreagem feito por correias a polia cônica similar ao CVT e sistema de partida no pedal.

Caloi

Além disso, a moto era movida a gasolina misturada a 3% de óleo para a lubrificação, colocada em um tanque com capacidade para três litros. Cada litro de gasolina fazia, em média, 35 km. A Mobylette Caloi 50, um dos modelos mais famosos e com ótimo motor AV7, foi fabricada até 1979.

Em 1980, a Mobylette foi adaptada e passou a adotar o motor AV10, além de passar a ter um novo farol (redondo) e lanterna traseira. Já em 1981 ocorreu a grande mudança da linha. A configuração da moto foi totalmente alterada para o modelo denominado Mobylette II AV10.

Mobylette

Monaretas

Em 1983, a Mobylette recebeu uma nova atualização. A parte traseira da moto foi modificada, de forma a torná-la mais jovial. Já em 1986, o ciclomotor passou por uma nova e marcante remodelação. Adotando carenagem, novo para-lama dianteiro e bagageiro, a Mobylette passou a se chamar XR.

Além da versão XR, a Mobylette também contava com a CX, modelo mais simples da marca, sem a carenagem e com para-lama dianteiro de metal, pintado na cor do modelo. Nos anos seguintes, foram realizadas alterações somente na cor das motos. O modelo de 1998 talvez seja o último modelo das Mobylettes.

Fontes: Canal Tech e Monaretas

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