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Novo tipo de célula descoberta no coração pode ser fundamental para seu batimento

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corpo humano é uma verdadeira máquina. Cada pedacinho de nós está interligado, garantindo todo o bom funcionamento, que nos permite viver e caminhar sobre a Terra. Dentre os órgãos vitais está o coração.

Nas pessoas adultas ele bate, normalmente, de 60 a 100 vezes por minuto.  Este super músculo é responsável por bombear o sangue para os outros órgãos, e por isso, trabalha incessantemente.

Ao contrário dos outros músculos do corpo, o coração não descansa. Ou seja, o órgão trabalha sem parar. Agora, se detectou um novo tipo de célula no órgão que está relacionada à regulação da frequência cardíaca.

Descoberta

Essa descoberta promete avançar a compreensão a respeito dos defeitos e doenças cardiovasculares quando se estudar essas células de uma maneira mais extensa.

A nova célula é um tipo de célula glial, as que sustentam as células nervosas, com os astrócitos no sistema nervoso central. Ela se chama Nexus Glia e está localizada na via de saída do coração. Esse é o lugar onde se encontra vários defeitos cardíacos congênitos.

Se encontrou esse novo tipo de célula pela primeira vez no peixe-zebra. Isso antes de se confirmar que ela também existe nos corações dos camundongos e dos humanos.

Os experimentos feitos nos peixe-zebra descobriram que, quando se removia essas células, a frequência cardíaca aumentava. E quando a edição genética bloqueou o desenvolvimento glial, o batimento cardíaco se tornou irregular.

“Não sabemos completamente a função dessas células, mas o conceito de que se você se livrar delas, os batimentos cardíacos aumentam, pode associá-lo a certos casos de doenças. Acho que essas células gliais podem desempenhar um papel muito importante na regulação do coração. Este é outro exemplo de como o estudo da neurobiologia básica pode levar à compreensão de muitos distúrbios diferentes”, disse o biólogo Cody Smith,  da Universidade de Notre Dame, em Indiana.

Células

Para que se encontrasse essas células do nexo da glia foi preciso um trabalho de detetive. Até porque, antes se pensava que a glia era no formato de estrela, como os astrócitos, e se encontraria no cérebro e na medula espinhal. Mesmo que tivesse se encontrado processos semelhantes à glia no coração.

Essas células da astroglia são importantes para o sistema nervoso central porque ajudam a manter o ambiente celular para os neurônios, além de fornecem suporte e nutrientes para eles. Por conta disso é de se entender que elas também pode se encontrá-los no sistema nervoso periférico.

Tanto que, diferentes tipos de células gliais com propriedades astroglia foram encontrados em outros órgãos, como no pulmão e no pâncreas. Mas ainda não se entende completamente a função delas. Foi isso que levou então os pesquisadores a buscarem novos tipos de células.

“Achei que, se pudéssemos encontrar uma nova peça celular para o quebra-cabeça cardiovascular, isso poderia ser fundamental para trabalhos futuros”, disse a bióloga Nina Kikel-Coury, da Universidade de Notre Dame.

Observações

E através de uma combinação de técnicas científicas, se revelou a presença de nexus glia nos peixe-zebra, camundongos e tecidos humanos. Elas foram encontradas em células que parecem apoiar a função cardíaca e a regulação.

Como essas células foram descobertas há pouco tempo, ainda se levará mais tempo para aprender sobre suas funções e papéis. Contudo, elas podem estar potencialmente ligadas a uma série de condições médicas, incluindo o chamado disautonomia.

“Para mim, a definição de grande ciência é algo que você descobre que abre ainda mais questões, e essa, eu acho, é a definição daquilo. É uma descoberta que agora temos 100 perguntas que nem se sabia que existiam, então estamos acompanhando-as para explorar esse caminho que nunca foi estudado antes”, concluiu Smith.

Fonte: https://www.sciencealert.com/scientists-discover-a-new-type-of-cell-in-the-heart-that-regulates-its-rhythm

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