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O caso do menino do Acre

Menino do Acre
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O quarto que foi noticiado em todos os jornais brasileiros em 2017 ainda está intacto. As mensagens criptografadas ainda decoram o chão, paredes e teto. A estátua do filósofo italiano Giordano Bruno (1548-1600), em tamanho real, ainda está exposta. O caso do menino do Acre viralizou em 2017 e, nos últimos anos, o quarto ficou aberto ao público.

Bruno de Melo Silva Borges, mais conhecido como o menino do Acre, protagonizou um dos casos mais curiosos dos últimos tempos. Em março de 2017, o jovem, residente de Rio Branco, capital do Acre, desapareceu misteriosamente, o que chamou a atenção dos moradores e veículos locais.

Mas quando as investigações se iniciaram, o que ninguém esperava era encontrar um quarto completamente tomado por códigos e informações estranhas. Assim, os investigadores e pesquisadores ficaram perplexos, mas ninguém ficou mais confuso com tudo que a família de Bruno.

Ele havia sido visto pela última vez no dia 27 de março de 2017, deixando para trás somente um quarto todo rabiscado com mensagens criptografadas. Por isso, a busca para descriptografar as mensagens chegou a ser inserida no inquérito da Polícia Civil do Acre, com o objetivo de encontrar pistas sobre o paradeiro do garoto. Mas, isso se mostrou sem sucesso.

Viral

Quando os veículos de imprensa noticiaram sobre o ocorrido e mostraram imagens do quarto do menino do Acre, elas rapidamente tomaram conta da internet. Foi nesse momento que Bruno se tornou o “menino do Acre”, um assunto tão debatido. Isso porque não era um simples desaparecimento e sim um caso com interferência de sociedade secreta ou até alienígenas! Pelo menos foi isso que os internautas especularam.

O famoso quarto

Menino do Acre

Divulgação/TV Globo

No primeiro mês de desaparecimento, a família de Bruno conduziu uma investigação no quarto, identificado cinco tipos diferentes de criptografias. Sendo assim, algumas delas eram baseadas em outras obras literárias, como “O Manual do Escoteiro Mirim” e também obras do filósofo italiano Giordano Bruno. Este, por sua vez, foi retratado em uma escultura em tamanho real, comprada por Bruno do artista plástico Jorge Rivasplata.

“São mais de cinco tipos de criptografias usadas por ele, umas bem simples e umas bem mais complexas. As mais simples são as que alguns internautas já decodificaram, são apenas cifras de substituição. Entretanto, existem outras que vão exigir um pouco mais de estudo para serem descriptografadas”, relatou a irmã, Gabriela.

Mais investigações mostraram que, para realizar a construção detalhada do quarto misterioso, foi necessário um investimento de R$ 20 mil, feita com ajuda de dois amigos de Bruno na hora de executar as escritas enigmáticas. Além disso, havia uma pintura de um homem ao lado de um alienígena com uma galáxia ao fundo.

O retorno do menino do Acre

Bruno só retornou em agosto de 2017, encerrando a investigação da Polícia Civil sob a alegação de “comprovação de ausência voluntária”. Desde então, vários veículos entraram em contato com o “menino do Acre” para compreender o que aconteceu de fato e tentar desvendar esse mistério. No entanto, ele se nega a explicar seu sumiço e os significados dos textos em seu quarto.

(Meu quarto) é uma obra de arte. Eu trabalhei durante anos dentro daquele quarto, várias vezes me isolei ali para criar. Fiz muitos jejuns e retiros ali dentro, explicou.

Menino do Acre

Divulgação/Bruno Borges

Apesar do público alegar que tudo era uma questão de marketing para chamar atenção, Bruno nega, dizendo que se preparou por anos para se isolar e meditar, inclusive levando suprimentos suficientes para tal.

Em 2019, o jovem abriu seu quarto ao público, fazendo a tour e, ainda assim, não revela exatamente os segredos do enigma que criou.

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