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O dia em que o Chile quis vender a Ilha de Páscoa para os nazistas

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Você, provavelmente, já ouviu falar sobre a Ilha de Páscoa, certo? Aquela ilha, com várias estátuas com cabeças gigantes, sobre enormes pedras. A ilha vulcânica fica em território chinelo. Chegou a ser uma das candidatas para ser uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo. No entanto, acabou ficando em oitavo lugar na votação. O seu nome original é Rapa Nui, dado pelos aborígenes, que vivam na ilha no passado. O lugar é famoso pelos seus vários sítios arqueológicos. Esses que incluem mais de 900 estátuas monumentais chamadas moais, que remotam os séculos XIII e XVI.

Uma curiosidade interessante é que, na década de 1930, o então governo chileno tinha planos de vender a Ilha de Páscoa, situada em meio ao Pacífico, a várias outras nações. Segundo um historiador espanhol, várias países demonstraram interesse em comprar a ilha, entre eles, os Estados Unidos, Japão, Reino Unido e a Alemanha Nazista de Adolf Hitler.

Negociações

No começo da década de 1930, o governo chinelo de Arturo Alessandri chegou a colocar a Ilha de Páscoa à venda. Isso para poder construir dois novos cruzadores para completar o seu arsenal militar. Segundo Mario Amorós, em seu livro “Rapa Nui, uma ferida no oceano”, o Chile teria oferecido a ilha por um milhão de dólares para os Estados Unidos.  Mas, em nenhum momento, se falou em valores, diz o autor.

Sete anos após essa suposta negociação, o governo chileno voltou a oferecer a ilha para os Estados Unidos. E dessa vez, também para o Japão, o Reino Unido e a Alemanha. Porém, sem sucesso.

Porém, segundo o livro “o governo britânico e o americano estimaram em 1937 e em 1938 que era conveniente que nem Japão, nem Alemanha, nem Itália dominassem a ilha”. No ano seguinte, o governo da Frente Popular Chinela voltou a oferecer a cessão da Ilha aos Estados Unidos. Dessa vez, em troca de meios navais, para proteger as vias marítimas que uniam o Atlântico sul com o Pacífico sul.

O autor ainda pontua que as conversas entre os Estados Unidos, Japão e Reino Unido ficaram conhecidas. Mas, “ninguém tinha sido capaz de apontar que houve negociações para vendê-la à Alemanha governada por Hitler”. Isso só foi confirmado posteriormente pelo professor húngaro Ferenc Fischer, especialista nas Forças Armadas Chinelas, em 2011.

No entanto, mesmo que tenha provas destas propostas nos arquivos dos países sondados pelo governo chinelo na época, nada consta nos arquivos do Chile.

O povo da ilha

Por fim, as várias negociações nunca chegaram a ser fechadas. Mas, para Amorós, o mais importante é abordar a reparação histórica com o povo de Rapa Nui. Isso porque, entre 1888, quando foi incorporada ao Estado do Chile, e 1966, quando as leis chilenas reconheceram esse povo como cidadãos chilenos, todas essas pessoas sofreram muito. Eles “viveram um regime desumano de confinamento, trabalhos forçados, torturas e castigos físicos”, conta o autor do livro.

As invasões escravistas, principalmente peruanas, as epidemias de varíola e tuberculose, e a emigração para a Polinésia francesa dizimaram a população, que vivia nesse ilha. Até 1877, os povos, conhecidos pelos seus moais (as estátuas antigas da ilha), foram reduzidos quase que totalmente. Restaram apenas 111 habitantes de população autóctone (nativos da região). Muito menos do que os 4 mil, que viviam ali 15 anos antes.

As autoridades nativas da ilha ainda apresentaram uma denúncia diante da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Eles solicitaram a devolução de suas terras ancestrais. E também o controle da ilha e a redefinição da relação com o Chile.

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