História

O homem que destruiu uma das sete maravilhas do mundo para ficar famoso

Sete maravilhas do mundo
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As sete maravilhas do mundo antigo são realmente impressionantes. Não é à toa que elas receberam esse título, considerando a arquitetura, grandiosidade e engenhosidade envolvidas em suas construções. Mas, você sabia que algumas não existem mais? Infelizmente, algumas maravilhas só existem por meio de relatos e desenhos, mas jamais será possível vê-las em pessoa. 

Templo de Ártemis

Sete maravilhas do mundo

Getty Images

O Templo de Ártemis, ou Templo de Diana, localizado na região que conhecemos como Turquia, já foi um grande templo. Atualmente, é nada mais que uma pilastra no meio de ruínas. Ele foi destruído e reconstruído várias vezes ao longo dos séculos, como bem sabemos.

No entanto, você sabia que o templo foi destruído por um homem que tinha como motivação simplesmente ficar famoso? Basta ver a história de destruição de Heróstrato.

Por mais que exista o debate, muitos historiadores acreditam que o Templo foi projetado pelo arquiteto Quersifrão em 550 A.C. Ele foi construído em homenagem à deusa grega Ártemis, atribuída à caça, aos animais selvagens, à virgindade e também ao nascimento, por mais que seja paradoxal.

A construção do templo

O templo foi construído em cima de outro que foi destruído por enchentes cerca de dois séculos antes. Dessa vez, ele foi feito inteiramente de mármore branco com vigas de cedro, tratadas com perfumes e óleos.

Sabemos que mármore é extremamente caro e é um material de difícil trabalho. Então, naquela época não era diferente. Quem absorveu a maior parte do impacto dessa construção foi o Creso da Lídia, que fez com que a construção demorasse dez anos para ser concluída. Obviamente, ele é descrito como incrivelmente rico.

Para garantir que o templo ficasse de pé por séculos e séculos, além de usar mármore e vigas especiais, decidiram também realizar a construção em cima de uma terra mais macia. Sendo assim, pode parecer besteira, mas a ideia era impedir que ele fosse muito afetado por terremotos, absorvendo melhor o impacto.

Para fazer a preparação do solo, há relatos de que utilizaram carvão e pele de carneiro. Depois colocaram camadas de pedras e mármore para deixar tudo nivelado.

Alguns historiadores defendem que a construção levou 100 anos, mas a base foi feita em uma década, sendo constantemente aprimorada ao longo dos anos, até 356 A.C. Neste ano, o templo foi destruído por Heróstrato.

Para você entender as dimensões dessa construção tão incrível, ela era levemente maior que um campo de futebol! Talvez a parte mais impressionante eram as 127 pilastras de mármore puro que apoiavam o teto, cada uma pesando cerca de 100 toneladas. Não é por acaso que considera-se o templo uma das sete maravilhas do mundo.

Assim, o templo ficou intacto por alguns séculos até o dia 21 de julho de 356 A.C, quando Heróstrato decidiu queimar tudo.

Heróstrato, o incendiador

Templo de Ártemis

Getty Images

Para conseguir fazer isso, ele entrou escondido e colocou vários panos encharcados de óleo ao redor do templo, perto das vigas de madeira. Então, ele colocou fogo nos panos e tudo se queimou. Os cidadãos de Éfeso ficaram chocados porque acreditaram que o templo era indestrutível. Mas, foi mais chocante quando Heróstrato confessou e se apresentou às autoridades. 

Heróstrato foi imediatamente preso e torturado para que confessasse o motivo de ter cometido tal atrocidade com o maior templo que tinham. Durante a tortura, o homem disse que fez aquilo para que seu nome fosse lembrado para sempre.

As autoridades ficaram com medo de que outros criminosos tentassem copiar Heróstrato ou então fazer pior para entrar na história, então executaram brutalmente o culpado em público.

Depois disso, removeram seu nome completamente dos documentos públicos. Além disso, as autoridades estabeleceram um decreto que se alguém falasse seu nome em público, a pessoa seria executada.

Como você já percebeu, estamos falando sobre Heróstrato, o que significa que o decreto não deu certo. Desde os tempos antigos, criminosos tomam a decisão de fazer grandes atos a fim de gravar seus nomes na história e as consequências tendem a ser destrutivas. Então, não temos mais uma das sete maravilhas do mundo antigo porque um homem queria ser famoso.

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