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O lado de Freddie Mercury não mostrado em Bohemian Rhapsody

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Você deve ter assistido ou pelo menos ouviu falar do filme Bohemian Rhapsody. Esse longa conta a história de Freddie Mercury e de sua banda, o Queen. Milhões de pessoas ao redor do mundo assistiram ao Oscar e viram o filme levando seus prêmios, chegando a competir como Melhor Filme. Muitas pessoas se emocionaram ao ver Rami Malek dando vida ao icônico e polêmico Freddie nas telonas de cinema. Mesmo com todas as acusações de homofobia por parte do filme, a crítica aprovou tudo ali abordado e a forma com que foi mostrado a evolução da banda que marcou toda uma geração.

Mesmo abordando a vida pessoal do vocalista, há diversas coisas que não foram mostradas no filme. Coisas essas de extrema importância. Para quem não sabe, Mercury, ao lado de vários outros homens e mulheres que deram positivo para o HIV na década de 1980, foi vítima não somente de uma pandemia, mas também das falhas dos seus próprios governos e do desprezo dos mesmos. Pensando um pouco sobre sua vida real, resolvemos trazer alguns pontos importantes da vida do cantor que não estão em Bohemian Rhapsody. Confira conosco a seguir e surpreenda-se.

Desprezo do governo

No início dos anos 1980, uma epidemia de HIV atingiu alguns centros populacionais nos Estados Unidos, Reino Unido e outras partes do mundo. Os governos não responderam bem à saúde pública. Os médicos logo perceberam esse vírus em grupos de pessoas que foram estigmatizadas por outros motivos: homens que haviam feito sexo com outros homens, usuários de drogas e haitianos. A resposta da saúde pública foi extremamente preconceituosa e dizia que o vírus era causado porque estavam praticando coisas erradas, como o fato de um homem ficar com outro homem. Era afirmado que as pessoas pegavam vírus por causa dos comportamentos “arriscados”.

O HIV não era, portanto, uma grande ameaça para os heterossexuais. A visão médica era marcada pela ideia de que era intrinsecamente gay, tanto que a princípio nomearam o vírus de “GRID”, um acrônimo para “imunodeficiência relacionada aos gays”. Muitos heterossexuais possuíam mais de um parceiro ou parceira na época, mas por acaso, algumas comunidades gays foram mais atingidas. O governo e a saúde pública deixaram as pessoas com HIV para seu destino. Freddie enfrentou, na vida real, uma grande dificuldade por causa do vírus HIV.

Homofobia

Tudo que aconteceu por causa do HIV deixou Freddie e outros homens em uma situação ruim. Sem informações de saúde e atraso nas pesquisas, o vírus causava um mal maior a cada vez. Diagnosticado em 1987, Mercury não viveu o suficiente para acompanhar o tratamento antirretroviral que poderia ter salvado sua vida. Além da doença mortal, Mercury sofreu com a homofobia da época, que foi aumentada graças a popularização do vírus no meio gay. Os americanos queriam ainda colocar em quarentena as pessoas com HIV e cerca de 42% queriam fechar os bares gays do país.

No filme, ninguém é abertamente homofóbico, ou seja, você não verá isso no longa. Na vida real, Mercury enfrentou a homofobia desenfreada e ele nunca se assumiu publicamente. Em 1988, o Reino Unido aprovou uma notória lei anti-gay. Essa lei dizia que a homossexualidade não deveria ser promovida em público. Na década de 1980, Mercury abandonou aquela aparência glam rock e cortou seu cabelo em um estilo popular. Ele costumava usar uma jaqueta preta de couro e mantinha um bigode invejável na época.

E aí, você conhecia essas coisas a respeito da vida de Freddie Mercury? Comenta pra gente aí embaixo e compartilhe com seus amigos. Lembrando sempre que o seu feedback é extremamente importante para o nosso crescimento.

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