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O que acontece quando um avião é atingido por um raio em pleno voo?

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É um momento que você nunca está esperando mas pode acontecer. Enquanto você está escondido sob seu cobertor da companhia aérea, pode muito bem acontecer de um raio atingir o avião. Você – bem, o avião com você nele – foi atingido por um raio, o que fazer? Você precisa entrar em pânico quando isso acontece?

Normalmente, quando um raio atinge um avião, a corrente irá percorrer todo o casco de metal do avião antes de sair em um outro ponto da aeronave como a cauda, ​​por exemplo. De acordo com Patrick Smith, piloto e autor do livro ‘Cockpit Confidential’, os aviões são atingidos por raios com muito mais freqüência do que você imagina.

“Um avião é atingido cerca de uma vez a cada dois anos, em média”, e os aviões são projetados para receber esse choque. “De vez em quando há dano exterior ou danos sem gravidade nos sistemas elétricos do avião, mas um raio, normalmente, deixa pouca ou nenhum rastro de danos”.

O professor Mamu Haddad, diretor do Laboratório de Análise de Relâmpagos da Universidade de Cardiff, trabalha na compreensão e análise dos relâmpagos sobre materiais de construção de aviões, explica ainda.

Composição da aeronave

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Aeronaves modernas, diz ele, são feitas de composto de carbono mais leves e cobertos com uma fina camada de cobre. O Dreamliner da Boeing e o Airbus A350 tem essa construção – e agem como boas gaiolas de Faraday, o que significa que o espaço dentro do metal (ou seja, onde você está sentado) – é protegido de correntes elétricas.

O mais importante, acrescenta, é que os tanques de combustível nas asas não são expostos a qualquer faísca do relâmpago pois o metal é circundante, tem juntas estruturais, portas de acesso, aberturas e tampas de enchimento de combustível capazes de resistir a qualquer queima ocasionada por relâmpagos. Os materiais de construção de naves suportam temperaturas de até 30.000°C.

Acidentes

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Acidentes podem sim ocorrer quando um jato está passando por uma cumulonimbus (nuvens de tempestade) que estão entre dois e cinco quilômetros do solo. Raios podem ter potência de até 200.000 amperes. As pessoas dentro do avião podem ouvir um ruído ou ver um flash de luz através da janela, mas eles não vão sentir qualquer coisa quando o raio atingir a aeronave.

Apesar de raro, tem acontecido alguns incidentes fatais envolvendo quedas de raios. Em janeiro de 2014, quatro corpos carbonizados foram retirados de destroços de um avião na Indonésia que foi pego por uma tempestade onde foi atingido por um raio e caiu. Bambang Ervan, um porta-voz do Ministério dos Transportes da Indonésia, confirmou para um site de notícias australiano que todas as quatro pessoas a bordo da aeronave morreram instantaneamente.

Em 2010, uma pessoa foi morta quando um Boeing 737-700 de Bogotá foi atingido por um raio e dividido em três pedaços ao aterrissar na ilha de San Andrés, no Caribe. Na época, especialistas aeronáuticos explicaram que o relâmpago sozinho não foi um fator exclusivo na queda.

Outro caso grave, resultando em 81 mortes, aconteceu em 1963 em Maryland, quando um relâmpago explodiu uma das asas de um Boeing 707 da Pan Am. A Administração Federal de Aviação, o equivalente a Autoridade de Aviação Civil dos EUA introduziu alterações nas estruturas das aeronaves para evitar esse tipo de tragédia no futuro.

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