História

O que aconteceu com esse homem que se recusou a saudar Hitler?

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A 81 anos atrás uma foto foi tirada na Alemanha e mostrava a saudação feita a Hitler. A questão é que essa imagem mostrou muito além disso. Nela é possível ver um homem em meio a multidão com os braços abaixados. O que mostra claramente a sua não devoção ao líder nazista. Agora, já imaginou qual seria o impacto disso naquele período?

Pois bem, as coisas não ficaram muito bem para o homem dessa fotografia. O ano de sua revelação foi 1936. Nesse período, as saudações eram obrigatórias e representavam lealdade a Adolf Hitler. O que significa que ignora-la naquela situação podia representar grande risco para quem o fizesse. Então, quem seria o corajoso (e tolo) homem que se opôs a saudar o Fuhrer?

O corajoso alemão

O homem era um ex integrante do partido nazista. Seu nome era August Landmesser e sua atitude de rebeldia quanto ao líder foram formadas durante os cinco anos anteriores a foto. Ele era um fiel membro do partido desde 1931 mas as coisas começaram a mudar quando ele se apaixonou por Irma Eckler. A mulher por quem ele estava completamente apaixonado era judaica e isso fez com que muitos de seus ideais fossem desfeitos.

Em 1935 ele teria feito uma proposta de casamento para ela, apesar de todas as questões adversas. Foi aí que as coisas começaram a piorar. Depois que seu noivado foi descoberto, Landmesser foi expulso do partido nazista. Eles tentaram consumar o pedido na cidade de Hamburgo mas falharam. Então, naquele mesmo ano, Eckler deu a luz a primeira filha do casal. Ela recebeu o nome de Ingrid.

Um ano depois disso, enquanto estava sob a presença de Hitler, ele se manteve parado no momento em que os demais estendiam o braço em reverência ao seu líder.

As consequências de seus atos

Depois do ocorrido, em 1937, ele teria tentado fugir com sua mulher e filha para a Dinamarca mas falhou. Eles foram barrados e detidos na fronteira do país. Landmesser foi acusado de desonra. Ele foi solto em 1938 por falta de provas e aconselhado a se afastar de Eckler, acabando com seu relacionamento. Mais uma vez ele se nega a cumprir os desejos nazistas de seu país e se separar de sua mulher. Esse ato, mais uma vez, gerou consequências para ele e toda a sua família.

Ele foi preso mais uma vez no mesmo ano em que foi solto pela primeira acusação. Dessa vez ele foi condenado a enfrentar quase três anos em um campo de concentração. Sua mulher estava grávida da segunda filha deles e também foi detida. Ela deu à luz a uma menina ainda na prisão, que foi chamada de Irene. Depois de tirarem sua filha dela, Eckler foi transferida para um campo de concentração para mulheres, onde foi morta junto com 14 mil outras pessoas, em 1942.

Enquanto isso, Landmesser continuava preso. Ele nunca mais pode ver suas filhas, nem chegou a se despedir de sua mulher. Depois que foi liberado, ele trabalhou em alguns lugares até que foi recrutado para o exército. Participando da guerra em 1944. Em meio a guerra, alguns messes depois, ele foi dado como desaparecido enquanto estava na Croácia.

A segunda filha do casal, Irene Landmesser, foi criada por pais adotivos e anos mais tarde escreveu um livro. Ele se chamava “A family torn apart by “Rassenschande”: Political persecution in the Third Reich” e contava como sua família foi destruída e separada pelos nazistas.

Alguns atos podem trazer consequências que a maioria não está pronta para lidar. As ações de August Landmesser geraram prejuízo para todos os membros da sua família. Até para aqueles que ainda não haviam nascido.

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