Com certeza você ou alguém que você conhece já parou uma aula de Geografia pra perguntar “mas onde é a velha York” ou “qual é a Velha Zelândia?”, o que provavelmente fez o professor achar que você estava fazendo uma piada ruim.

Não que ele estivesse errado, mas na verdade essa é uma pergunta coerente, afinal, quem são esses homenageados desconhecidos que ilustram o nome de grandes cidades e países mundiais? Bom, pra sua sorte, nós vamos levar a pergunta a sério e te dar as respostas (pode contá-las pro seu professor depois, quem sabe ele não aprende também?):

Zelândia

Esse é o nome de um país europeu, situado na região dos países baixos. No século XII, era, junto com a Holanda, uma das maiores potências navais da área. Em 1640, essa tecnologia naval serviu para que descobrissem a Oceania, que teve suas duas maiores ilhas batizadas de “Nieuw Holland” e “Nieuw Zeeland”, que em holandês são “Nova Holanda” e “Nova Zelândia”.

Acontece que, com o tempo, o nome da “Nova Holanda” foi trocado (em 1824, especificamente), tornando-se a nossa conhecida Austrália.

York

A cidade, que não nasceu nem um pouco bonita e moderna, como é hoje em dia, foi batizada em homenagem à Yorkshire, na Inglaterra – a mesma que dá o nome à irritante raça de cachorros de madame.

Orleans

Com forte influência de povos ciganos e franceses, Nova Orleans se tornou um centro cultural bastante exótico, berço do jazz e da música cajun, por exemplo. O batismo, por sua vez, é uma homenagem à Orleans, na França, e essa e outras referências estão espalhadas pela arquitetura e estilo de vida da cidade.

Delhi

Essa já é um caso a parte: desde 1947, a Nova Delhi (primeira foto) existe junto da hoje chamada Velha Delhi (segunda foto), e foi criada como uma cidade planejada para ser a sede do governo (como Brasília, para nós). Enquanto na Velha Delhi se vê uma imagem da Índia “clássica”, com vacas nas ruas, muita sujeira e pobreza, a Nova Delhi representa a Índia potência emergente, espelhada na cultura Ocidental de prédios e mais prédios modernos.

Da mesma forma, enquanto a Velha mantém as tradições e cultura indianas, que são inestimáveis e milenares, a ocidentalização muitas vezes descaracteriza a cultura local na capital indiana, o que faz das duas ao mesmo tempo inimigas e complementares.