História

Os 100 anos da Semana de Arte Moderna: veja as obras mais famosas

Operários - Tarsila do Amaral
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Neste domingo (13), completa exatamente 100 anos desde um dos maiores marcos da arte brasileira: a Semana de Arte Moderna de 1922. O evento ocorreu em São Paulo como uma explosão de inovação em um período em que diferentes movimentos artísticos reinavam.

Grandes nomes como Di Cavalcanti e Anita Malfatti são alguns dos artistas que expuseram suas obras ao longo da semana. Então, por que ainda falamos da Semana de 22?

Semana de Arte Moderna de 1922

“Nem todo mundo pensa na Semana de 22 do mesmo jeito. Algumas interpretações são mais críticas. Outras, mais laudatórias”, afirma o historiador Lucas De Nicola, coautor de Semana de 22 — Antes do começo, depois do fim (Estação Brasil). “O inegável é que a Semana de Arte Moderna virou um marco. Um marco de inovação e criatividade”.

Segundo o professor, uma das conquistas do grupo de artistas foi a revolução estética, insatisfeitos com os padrões da época. Assim, naquele momento, o movimento de arte mais presente era de formas mais rebuscadas e românticas, como o parnasianismo.

Então, quando Ronald de Carvalho leu o poema de Manuel Bandeira, Os sapos, que ironiza a poesia parnasiana, o público reagiu com vaias, gritos e assobios. Já obras como Abaporu foram criticadas, sob a crença de que aquilo não seria arte.

Sendo assim, 100 anos depois, a pintura é um dos maiores símbolos da arte brasileira. Relembre as obras da Semana de Arte Moderna, que aconteceu entre os dias 13 e 16 de fevereiro de 1922.

Abaporu – Tarsila de Amaral

Abaporu - Tarsila do Amaral

Divulgação/MASP

O Homem Amarelo – Anita Malfatti

O Homem Amarelo - Anita Malfatti

Anita Malfatti

Paisagem da Espanha – John Graz

Paisagem da Espanha - John Graz

John Graz

Pierrete – Di Cavalcanti

Pierrete - Di Cavalcanti

Di Cavalcanti

Operários – Tarsila do Amaral

Operários - Tarsila do Amaral

Reprodução/Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo

O Artesão – Vicente de Rego Monteiro

O Artesão - Vicente do Rego Monteiro

Vicente do Rego Monteiro

A Estudante – Anita Malfatti

A Estudante - Anita Malfatti

Reprodução/Instagram

Amigos (Boêmios) – Di Cavalcanti

Amigos (Boêmios) - Di Cavalcanti

Di Cavalcanti

A ideia da Semana de Arte Moderna

Reunir um grupo de artistas paulistas em uma semana de exposições é algo comum atualmente, mas, no ano de 1922, certamente não era. Assim, historiadores acreditam que a ideia partiu de Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976), um carioca.

O pintor teria desabafado ao amigo Rubens Borba de Moraes (1899-1986) em novembro de 1921: “Esse negócio de exposiçãozinha individual é coisa do passado! O que é preciso é fazer uma grande exposição de arte moderna, um salon des indépendants, ou coisa que o valha. Sei lá o quê, uma coisa que sacuda a indiferença do público!”.

Então, quando Graça Aranha visitou o pintor em uma exposição e demonstrou interesse em conhecer “a mocidade literária e artística de São Paulo”, o pintor apresentou grandes nomes. Entre eles estavam Mário de Andrade, Oswald de Andrade (1890-1954), Menotti Del Picchia (1892-1988) e Anita Malfatti (1889-1964).

Com o passar das semanas, a ideia de uma exposição coletiva que misturasse diferentes formas artísticas ganhou força. Dessa forma, o entusiasmo era tanto que alguém até sugeriu que a Semana de Arte Moderna fosse o Mês da Arte Moderna. No entanto, um dos presentes em uma reunião disse “Não tínhamos munição para guerra tão longa”.

Então, decidiram sediar a exposição no Teatro Municipal de São Paulo com uma duração que foi do dia 13 de fevereiro ao dia 17. “O principal legado da Semana foi despertar uma consciência de modernidade no campo artístico brasileiro e gerar um importante debate na sociedade da época sobre o que era ser moderno no Brasil”, avalia a curadora Andreia Vigo, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

Fonte: BBC

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