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Pandemia provocou um aumento nas contas de energia. Veja como os EUA está lidando com a situação

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Por conta da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus, inúmeras pessoas tiveram que começar a trabalhar em casa. Acostumar-se com o novo regime de trabalho foi, para muitos, um grande desafio. Não obstante, a nova rotina, mesmo exigindo certos esforços, trouxe alguns benefícios. Inúmeras pessoas deixaram de recorrer ao transporte público, por exemplo. Alguns adoraram o fato de não precisar ter que despertar tão cedo para não chegar atrasado ao trabalho.

Em contrapartida, surpresas também bateram à porta. O valor das contas de energia, por exemplo, em grande parte das residências, duplicou. Diante de tal cenário, muitos proprietários aproveitaram o eventual momento para aderir ao uso de energia limpa, o que não só favoreceu o bolso, como também proporcionou uma maior qualidade ao meio ambiente.

“Como muitos de nós trabalhamos em casa, estamos consumindo mais energia – e as pessoas, com isso, passaram a investir em certas melhorias, como, por exemplo, a instalação de painéis de energia solar”, disse Vikram Aggarwal, CEO da EnergySage, empresa que oferece serviços de instalação de placas solares.

Energia limpa

Obviamente, instalar placas solares para obter uma energia limpa não é tão barato. O serviço varia de cidade para cidade e de empresa para empresa. No entanto, com o tempo, todo o investimento retorna rapidamente ao bolso, até porque a diferença de valores nas futuras contas de energia não são nada irrisórias.

Os painéis solares, com o avanço da tecnologia, hoje, além de serem mais eficientes, são mais baratos. Como dissemos logo acima, caro é o processo de instalação. De acordo com o Centro de Energia Sustentável estadunidense, os americanos gastam entre US$ 15.000 e US$ 25.000 para instalarem placas solares em suas residências.

À primeira vista, o valor pode ocasionar um pequeno susto, no entanto, nos Estados Unidos, os cidadãos podem recorrer a um crédito federal que reduz o custo em 26% e as políticas estaduais, que variam entre Estados, podem reduzi-lo ainda mais. O curioso, aqui, é que a energia limpa captada, caso não seja totalmente utilizada, pode ser vendida à concessionária de energia elétrica americana.

O cálculo é feito rotineiramente, com base em um processo chamado medição líquida. Ao todo, trinta e oito estados já aderiram à política.

Assinatura

Obviamente, aderir aos painéis solares não requer somente um plano orçamentário. Há outros fatores que precisam ser levados em conta, como, por exemplo, a localização da casa. Se a residência está em um local onde a exposição ao sol é restrita, não vale a pena desembolsar tanto dinheiro.

Mas isso não quer dizer que a pessoa que viva ali esteja não possa usufruir da energia limpa e de seus benefícios. Muitos cidadãos americanos recorrem a programas comunitários que oferecem um esquema de assinatura de energia limpa. O plano é mensal, e é bem mais barato que instalar todo um sistema de placas solares – e bem mais viável que pagar as exorbitantes contas mensais de energia.

“Praticamente todo proprietário, se tiver opção, deve se inscrever no sistema solar comunitário”, disse Aggrawal, da EnergySage. “Os clientes de serviços públicos normalmente economizam entre 5% a 10% no valor da conta de energia”, informa Kiran Bhatraju, CEO da Arcadia, uma corretora de energia limpa que oferece o serviço. “E, ao contrário das placas solares, os benefícios são quase instantâneos”.

“Ter acesso ao serviço é extremamente rápido. Basta se inscrever no programa, leva apenas dois minutos. Aqueles que querem instalar placas solares passam por diversas burocracias. São seis meses apenas para conseguir o licenciamento. Além disso, é preciso investir em projetos de instalação, por isso o gasto é significativo”, disse Bhatraju.

Ao todo, 20 estados, mais Washington, DC, têm políticas que apoiam os programas comunitários de energia limpa, mas a maior parte dos projetos concentra-se em apenas quatro estados: Colorado, Massachusetts, Minnesota e Nova York. Empresas solares, incluindo Arcadia, estão pressionando o Congresso a expandir as opções de programas para todo o país.

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