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Paraquedista que ficou tetraplégica se casa e emociona convidados ao dançar com marido

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O sonho de se casar é compartilhado por milhões de pessoas ao redor do mundo. No entanto, imprevistos podem acontecer nesse processo. A paraquedista Raquel Zendron, de 35 anos, viveu esses imprevistos, mas ainda alcançou seu sonho de se casar.

A paraquedista ficou tetraplégica após uma cirurgia, mas conseguiu voltar a saltar. Além disso, ela realizou seu sonho de se casar. Ela conta que um dos momentos mais emocionantes da cerimônia, que ocorreu em Goiás, foi quando ela dançou com seu novo marido, o militar Jefferson Lages, de 34 anos.

“Foi um sonho realizado. Foi muito especial. Na hora da dança, foi muito emocionante, todo mundo chorou. Ele me segurou e ficou parecendo que eu estava em pé. Ali parecia que não existia nenhuma limitação, nenhuma deficiência”, disse Raquel.

O casamento religioso ocorreu na quinta-feira, dia 4 de agosto, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Já a festa para celebrar a união se deu no sábado, dia 6 de agosto, em uma fazenda em Campo Limpo de Goiás, uma cidade que fica a 16 km de Anápolis.

Casamento adiado

Em fevereiro de 2020, Raquel estava em meio ao planejamento da cerimônia e da festa. Além disso, estava mobilhando o apartamento e se organizando para se mudar com o noivo. Porém, ela precisou fazer uma cirurgia por causa de uma hérnia e acordou tetraplégica, sem que os médicos conseguissem explicar o que havia ocorrido. Portanto, foi necessário adiar o casamento.

“A gente ia se casar em julho de 2020. Quando aconteceu tudo, nós adiamos por um ano, mas eu tive que fazer outras cirurgias para melhorar um pouco a movimentação do meu braço e, por isso, adiamos por mais um ano”, contou.

Raquel trabalhava como bancária. Moradora de Anápolis, ela começou a praticar o paraquedismo em 2017. De acordo com ela, aquela experiência lhe deu uma sensação de liberdade que ela jamais havia sentido. Também foi lá que ela conheceu, ainda em 2017, seu companheiro, que ela escolheu para a vida. O casal até ficou noivo durante um salto, em março de 2019.

Nova vida

Paraquedista Raquel em casamento

Reprodução

Em setembro de 2021, depois que a paraquedista conseguiu recuperar parte dos movimentos, ela conseguiu saltar novamente pela primeira vez. Para conseguir ter equilíbrio e facilitar a movimentação no ar, Raquel usou cordas nas pernas, que ela não consegue controlar.

“Eu senti de novo essa liberdade, foi muito especial. Um momento bem emocionante”, comemorou. Dessa forma, desde então, Raquel saltou de paraquedas mais três vezes. Na quinta-feira (11), ela voou em um túnel de vento pela primeira vez depois de ficar tetraplégica, com apoio de instrutores e seu marido. Agora, ela tem a meta de conseguir voar sozinha no túnel.

“Um dos maiores pesares de tudo o que aconteceu foi não poder mais voar ou pensar que não poderia mais. Mas, mais uma vez, isso se mostrou apenas mais um medo criado na minha cabeça. Tive a sensação do ventinho no rosto e um pouquinho de controle como tinha antes da cirurgia”, disse.

Recuperação

O casal planeja se mudar para Rondonópolis (MT), onde alugaram um apartamento e começaram a mobiliar a casa quando ela precisou se submeter e uma cirurgia por conta da hérnia.

“Era para ser uma cirurgia simples de hérnia cervical, mas quando saí da operação já não conseguia mais me mexer. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer”, contou. Depois da operação, a paraquedista passou 15 dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De acordo com Raquel, os médicos não conseguiram oferecer explicações para o que aconteceu.

“Não sei explicar a minha reação. Lembro de pensar que chorar não ia resolver. Pensei: ‘de agora para frente vou fazer o melhor que eu puder’. Só pensava nisso. Coloquei na minha cabeça que eu tinha que seguir em frente”, recordou.

Então, Raquel começou a fazer fisioterapia, terapia ocupacional e recuperou parte dos movimentos nos braços. “Fui nutrindo minha força sempre, pensando positivo, no que eu tenho, valorizando todas as coisas boas ao meu redor. Me apeguei ao que eu tinha, não ao que eu não tinha”, disse.

Com o tempo e muita dedicação, Raquel aprendeu aos poucos que não precisava abrir mão de seus sonhos por causa da tetraplegia.

Fonte: G1

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