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Pessoas que sobreviveram a sentenças malucas de prisão

Otis Johnson
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A maioria das pessoas acha difícil ficar preso em casa por algumas semanas e, com o isolamento imposto durante o ano de 2020 e 2021, foi possível experimentar mais ou menos como é ficar em casa por vários meses. Agora, imagine como deve ser ficar realmente trancado por décadas!

Há casos de pessoas que foram presas praticamente crianças e soltas depois como idosos em um mundo completamente diferente daquele que conheciam antes. Vamos ver algumas pessoas que sobreviveram a sentenças malucas de prisão

Thomas Trantino

Thomas Trantino prisão

Reprodução

Thomas Trantino se descreve como um homem muito doente e perigoso. Nascido em 1938, se tornou um sério usuário de drogas com apenas 14 anos de idade. Ainda criança, já passou seis anos preso, até os 20 anos de idade.

Em 1963, enquanto estava sob a influência de drogas, se meteu em uma briga que acabou resultando na morte de dois policiais. Assim, depois de 66 horas tentando fugir, o homem se entregou para as autoridades. No entanto, disse que não havia cometido os crimes que estava sendo acusado de ter feito.

Contudo, todas as evidências provaram o contrário, então ele foi condenado pelos crimes. Não só isso, o júri decidiu que ele merecia a pena de morte. De 1963 a 1971, ele estava no corredor da morte, até que o estado de Nova Jersey baniu a pena de morte. Então, ele teve sua pena alterada para a prisão perpétua com elegibilidade de liberdade condicional depois de 25 anos. 

Estar no corredor da morte fez esse homem virar um escritor, que escreveu e ilustrou dois livros enquanto estava preso. Em 2002, ele finalmente obteve liberdade condicional, depois de passar 38 anos encarcerado. Ele é a pessoa que serviu a maior pena no estado de Nova Jersey.

Ricky Jackson

Ricky Jackson sofreu uma pena maluca por um crime que ele nem cometeu. Esse pesadelo virou a realidade do jovem Ricky Jackson em 1975, quando ele tinha apenas 19 anos. Ele e dois amigos foram condenados por um ataque fatal ao vendedor Harry Franks. 

Toda a acusação foi baseada em um relato de uma criança de 13 anos, Eddie Vernon, que disse ter visto o crime. Além desse relato, não havia outras provas de que Ricky e seus dois amigos estavam na cena do crime. 

O jovem incialmente recebeu a pena de morte, mas vários erros na documentação do processo salvou ele dessa pena. Ainda bem, porque em 2013, a testemunha que deu a única suposta prova desabou no tribunal ao dizer que os policiais que chegaram no local no dia do crime e fizeram ele testemunhar com aqueles detalhes.

A verdade é que o Eddie nunca viu o ataque. Ele estava em um ônibus escolar a quase dois quilômetros de distância quando tudo aconteceu. Essa mudança de provas fez a pena ser revista e o Ricky e mais um amigo foram soltos em 2014. O terceiro amigo foi liberto em 2003.

Assim, Ricky passou 39 anos aguardando a justiça ser feita. Para compensar o tempo perdido e todos os transtornos que a sentença errada causou, os três amigos vão receber 18 milhões de dólares. Será que é o suficiente para apagar metade de uma vida perdida na prisão?

Otis Johnson

Otis Johnson

Kari Bjorn

Otis Johnson conhece bem a frase “lugar errado no momento errado”. Em 1975, ele foi preso por um crime que ele afirma nunca ter cometido. Naquele ano, ele estava andando na rua quando foi parado por um policial em Nova York.

O policial disse que ele condizia com a descrição de um homem que havia atirado contra um policial. A descrição era de que o homem estava usando um casaco marrom. Isso foi o suficiente para prender o cidadão e condená-lo.

Sem qualquer prova ou testemunha, Otis foi condenado a passar a vida na prisão. Dessa forma, ele conseguiu aguentar as décadas encarcerado usando os treinos como monge em Hong Kong. Além disso, organizou vários programas para ensinar meditação e outras habilidades para os demais presos. Ele até trabalhou na administração!

O bom comportamento fez ele ser elegível à liberdade condicional nove vezes! Mas, todas essas vezes, ele só precisava confessar seu crime. Claramente, o Otis era muito determinado, porque ele nunca aceitou se confessar. Em 2014, ele foi finalmente solto. Isso significa que ele ficou preso por quase 40 anos só porque tinha o azar de ser “parecido” com o verdadeiro atirador, que também era negro e usava uma jaqueta marrom.

Soren Mathiasen

Soren Mathiasen se meteu em negociações com um vendedor de cavalos em 1876. Ele queria um dinheiro emprestado e uma ajuda para encontrar uma moça rica para se casar. Quando o vendedor voltou para recolher o dinheiro que tinha emprestado, Soren não pagou. Ele, então, decidiu que a única saída era assassinar o vendedor.

Ele foi preso e condenado a uma prisão perpétua com mínimo de 49 anos, com trabalho duro na prisão. Então, foi eventualmente solto em 1925. 

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