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Por que Morbius no MCU pode não ser uma boa ideia?

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A última década foi um tanto quanto memorável para os filmes de super-heróis. Ao passo que as adaptações dos quadrinhos ainda levantam debates sobre constituírem ou não a sétima arte, nem mesmo algumas farpas de cineastas clássicos são suficientes, para descredibilizar essas arrebatadoras produções. Assim como já mencionamos aqui, a Marvel foi fundamental para difundir esse “gênero” entre o público. Obviamente, não estamos desmerecendo a Warner Bros. e nem toda a glória da DC. A questão é que, o MCU é para a Casa das Ideias, o que Game of Thrones foi para a HBO, um divisor de águas na indústria do entretenimento. No entanto, assim como a adaptação das Crônicas de Gelo e Fogo, o Universo Cinematográfico Marvel pode acabar afundando em seu próprio egocentrismo.

Só para contextualizar, não é apenas a indústria do cinema que subjuga longas de super-heróis. Antes das quebras de bilheteria conquistadas por tais produções, os veículos de comunicação comparavam seu sucesso ao bitcoin, como uma bolha que poderia estourar a qualquer momento. Pois bem, mais de dez anos se passaram e há pouto tempo Vingadores: Ultimato reforçou o equivoco dessas pessoas. Após conquistar a tão almejada posição de maior arrecadação da história, Kevin Feige provou que sua tão comentada fórmula de fazer filmes continua a vender melhor do que nunca. Contudo, ressaltamos que esse êxito é resultado da inovação apresentada pelo universo compartilhado Marvel Studios. Em contrapartida, essa pode também ser a queda desse império.

O delicado equilíbrio de um universo compartilhado

Visto que apenas cinco filmes compuseram o crossover do primeiro Vingadores, um longo caminho foi percorrido até o último. Assim, Ultimato, foi resultado de um compilado narrativo de vinte e um longas. Felizmente, os Irmãos Russo conseguiram construir um enredo onde sua produção não dependia diretamente de nenhuma outra história que não fosse dos Vingadores. A questão é que o MCU está se expandindo de uma forma colossal e isso não é necessariamente bom. No ano passado a Marvel anunciou seus planos de estender o MCU para além da grande tela. Logo, séries do Disney+ foram oficialmente divulgadas. Até então, acompanhar esse universo vinha se mostrando trabalhoso, agora beira quase o impossível. Ademais, como se isso já não fosse muita informação para qualquer cabeça nerd, Jack Shepard do GamesRadar ainda fez uma assertiva pontuação após o lançamento do trailer de Morbius.

Segundo o editor, a confirmação de que o filme do Vampiro Vivo se conecta ao Homem-Aranha de Tom Holland não é nada favorável para o MCU. Apesar dessa ideia partir da Sony, é importante lembrar que Peter Parker é um integrante do universo compartilhado de Feige. Assim, a partir dessa validação, diversas questões foram levantadas. Por exemplo, isso significa que o estalo de Thanos afetou Venom? Morbius poderá encontrar Blade? Os Vingadores lutarão com o Sexteto Sinistro? Bom, devido a questões jurídicas isso não aconteceria. Porém, pensando na lógica narrativa tudo isso seria plausível. Sendo assim, a confusão já está armada. Embora o conceito do universo compartilhado de Feige seja genial, ele também é delicado. Por isso todo o perfeccionismo e cuidado do produtor para com a ordem dos filmes é compreensível. Inclusive, agora é até mais fácil entender as ressalvas dele quanto a introdução dos mutantes no MCU.

Morbius não é compatível com o MCU

Caso toda a questão do sútil equilíbrio do Universo Cinematográfico Marvel não seja convincente o bastante, aproveitamos para ressaltar que a atmosfera de Morbius não equivale em nada com o que é apresentado no MCU. Na verdade, se o anti-herói chegar a encontrar o Homem-Aranha nas telas, já vai ser um tanto quanto incoerente. Qualquer dúvida, basta imaginar o Coringa de Joaquin Phoenix encontrando o Shazam de Zachary Levi, é uma ideia que definitivamente não casa.

Portanto, essa confirmação, de que o vampiro de Jared Leto está inserido no universo do herói de Holland, pode acabar sendo apenas um golpe de marketing. O mais provável é que, assim como Jessica Jones e Demolidor, o longa cite alguns eventos dos filmes do mesmo universo, sem chegar a mostrar seus personagens de fato. Provavelmente, seria mais viável para a Sony, investir em um próprio universo sombrio composto exclusivamente pelos vilões do Aranha. No fim, pelo menos, podemos imaginar e, quem sabe, torcer para Morbius encontrar Venom. Afinal, esses dois sim teriam muita química nas telas.

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