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Por que o Coringa de Joaquin Phoenix não foi influenciado por seus antecessores?

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Desde o último sábado, Coringa é o assunto em alta em todos os veículos de comunicação. Além de ter sido ovacionado por oito minutos na Mostra de Veneza, o filme tem sido aclamado pelos internautas. Contudo, é importante fazer um adendo, a produção da Warner Bros. nem chegou aos cinemas ainda. Na verdade, ainda falta um mês para que o grande público possa testemunhar a história de Arthur Fleck. Todavia, enquanto a contagem para o 4 de outubro foi iniciada, já contamos com excelentes avaliações e críticas provocativas. Coringa, além de ter traçado um novo caminho para a DC, promete revolucionar todo o gênero por trás dos filmes de super-heróis.

Contraditoriamente, a primeira vista, o projeto parecia insensato para os executivos da Warner. Se hoje Joaquin Phoenix relata suas experiências ao viver o antagonista, é graças à insistência do diretor Todd Phillips. “Eu pensava: por que não podemos fazer de Coringa um filme de gênero? Foi muito difícil convencê-los”, relatou o cineasta. Não é surpresa saber da relutância do estúdio quanto ao projeto totalmente fora do convencional. Após passar anos tentando acompanhar a fórmula family friendly do MCU, a DC finalmente decidiu deixar de lado a ideia de universo compartilhado e investir no que sabe fazer melhor: personagens complexos e independentes.

Assim que a aprovação dos acionistas foi obtida, o pontapé inicial foi dado. O que começou como uma ideia arriscada e totalmente fora do convencional, resultou na redenção cinematográfica da DC e em rumores, sugerindo indicações ao Oscar. Levando em consideração a relevância do filme que nem chegou em cartaz ainda, resolvemos especular algumas entrevistas das pessoas por trás do filme do Palhaço do Crime. Em uma delas, Phoenix explicou o porquê de investir na originalidade, ao invés de se apoiar em seus antecessores.

Autenticidade é a alma do negócio

Embora o sucesso crítico de Coringa seja resultado de um trabalho em equipe, toda a tenção sempre acaba se voltando para o desempenho de Joaquin Phoenix em personificar o vilão. Inegavelmente, o nêmesis do Batman é um dos vilões mais icônicos da cultura pop. Sendo assim, no decorrer dos anos já o vimos ser adaptado para diversas plataformas e interpretado por vários astros. Por consequência, é difícil não compararmos o personagem de Phoenix com suas versões anteriores. Do vanguardista palhaço de Cesar Romero ao recente gangster de Jared Leto, mesmo que inconscientemente, nos vemos pontuando semelhanças e diferenças entre eles.

Contudo, como bem lembrado por David Ehrlich, do IndieWire, o Coringa de Phoenix é um arquétipo agregador aos seus ancestrais. Por exemplo, sempre que pensamos no personagem, lembramos de Heath Ledger em O Cavaleiro das Trevas. Ter se tornado uma referência entre os antagonistas do cinema é um dos maiores componentes no legado de Ledger. Todavia, ao invés de compararmos Fleck com o anarquista da trilogia de Christopher Nolan, precisamos enxergá-los como complementares. Enquanto o Coringa de Ledger era uma força da natureza, um fenômeno indescritível e imparável, a versão de Phoenix não poderia ser mais humana e acessível.

Por isso, o protagonista do filme de Phillips compartilhou com o The Hollywood Reporter que, para ele, o que mais atrai no filme, é que eles o fizeram à sua maneira. “Não me baseei em nenhuma outra interpretação do personagem. Nossas próprias criações eram o que realmente importavam e foram a chave para isso”, concluiu Phoenix. Portanto, mesmo tento Batman: A Piada Mortal como referência, Phillips e sua equipe apostaram na autenticidade. Graças à influência de Taxi Driver, Um Estranho no Ninho e O Homem que Ri, a inigualável composição de Phoenix foi possível.

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