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Por que o satanismo é tão temido e odiado historicamente?

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É só falar em “tinhoso”, “capeta”, “Satanás” ou “capiroto” perto da sua vó que ela fica possessa, até tentando bater na sua boca? Você pode achar engraçado, mas, perto do pessoal da Idade Média, que queimava pessoas na fogueira pela simples suspeita de que poderiam ser “bruxas”, levava esse papo de diabo bem a sério. E não é pra menos: presente em praticamente todas as religiões e culturas, a personificação dos pecados e do Mal primordial são uma imagem com uma carga muito forte e negativa, mas, ainda assim, nada mais que uma reles metáfora. Como, então, explicar o medo irracional que muitas pessoas sentem de um fictício ser vermelho, com um rabo pontudo e um tridente, que inclusive jamais foi descrito assim na própria Bíblia?

A verdade é que os praticantes e membros “cultos satanistas”, que em geral são bem menos nocivos que os do assassino Charles Manson, mas não menos perturbados em sua essência. Um exemplo é o culto satanista de Oklahoma, que, apesar de gerar protestos e comoção pública contestatória, não pode ser barrado pela lei, pois seria uma violação dos direitos pessoais assegurados pela 1ª Emenda de sua Constituição. Apesar disso, são proibidos os sacrifícios, mortes, nudez e qualquer tipo de ofensa aos bons costumes, práticas comuns entre quem chama Lúcifer de Senhor.

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O grupo Dakhma, de Angra Mainyu, afirma que o propósito de seus eventos é abordar a liberdade religiosa e desmistificar a visão negativa sobre o satanismo. “Um dos ditames da igreja não é apenas educar os membros, mas também o público e desmascarar a imagem que Hollywood projeta sobre nossas crenças”, declarou Adam Daniels, um dos fundadores do grupo.

Para eles, o satanismo não tem nada a ver com crimes como o assassinato, a feitiçaria ou o vudu (magia negra), explicando que Satanás é, na verdade, um símbolo da liberdade pessoal, do sucesso e do individualismo – ou seja, “qualidades” bastante comuns e populares entre executivos e homens de negócios ao redor do mundo.

Baseados no contexto bíblico, Lúcifer, o anjo caído, seria um heroi e livre pensador, que rejeitou um governante dominador (Deus) para ter livre-arbítrio. E o pior de tudo é que faz sentido, se esquecermos, na prática, com o que satanismo está historicamente relacionado. Afinal, Lúcifer foi expulso do céu por tentar melhorá-lo, e seu grande pecado foi questionar Deus.

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Enquanto isso, o pessoal de Oklahoma tenta abordagens menos sutis, como a proposta de construir uma estátua de sete metros de Satã ao lado de um monumento erguido para os Dez Mandamentos – o que é ao mesmo tempo ofensivo e democrático, afinal, se uma estátua ao catolicismo pode ser erguida, por que não uma ao budismo, islamismo ou…satanismo?

E se você gosta de ocultismo e do tema, não deixe de conhecer algumas outras versões da personificação do Mal em diferentes culturas e religiões.

 

 

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