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Por que os remakes da Disney continuam fazendo dinheiro apesar das críticas ruins?

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Há poucos dias, foi anunciado que uma sequência de Aladdin estava em discussão entre os executivos da Disney. O filme dirigido por Guy Ritchie arrecadou mais de um bilhão de dólares entre as bilheterias globais. Da mesma forma, no último fim de semana o remake de O Rei Leão se tornou a décima maior bilheteria de todos os tempos. O longa de Jon Favreau alcançou US$ 1,351 bilhão nos caixas mundias e acabou ultrapassando Pantera Negra. Curiosamente, enquanto o filme do MCU destacou-se entre os críticos, seja pelo aclamado conceito afrofuturista ou pelo impecável desenvolvimento técnico e representativo, os remakes da Casa do Rato continuam acumulando críticas negativas ou mistas. Sendo assim, surge o questionamento: por que esses remakes arrecadam tanto dinheiro?

Bom, antes de tudo, é preciso recapitular alguns detalhes. Em 2010, Tim Burton nos apresentou o live-action de Alice no País das Maravilhas. Foi nesse momento, que a Disney se deu conta de que existia um interesse do público, por histórias recontadas. A partir dessa receptividade positiva, o estúdio deu início ao processo de monetização da nostalgia que vemos hoje. Posteriormente, vários títulos do cofre da Disney passaram a receber esse tratamento. Só para exemplificar podemos citar Malévola (2014), Cinderela (2015), Mogli: O Menino Lobo (2016), Alice Através do Espelho (2016) e A Bela e a Fera (2017). É notável que a partir de 2016 o intervalo de lançamento entre os títulos diminui. Assim chegamos em 2019, onde três remakes (Dumbo, Aladdin e Rei Leão) foram lançados, até então. Além disso, ainda aguardamos Malévola: Dona do Mal, para outubro e Mulan, para o ano seguinte.

Uma similaridade entre essas recentes produções da Disney, além de serem atualizações das clássicas animações da década de 1990, é seu sucesso na bilheteria. Assim como Aladdin e O Rei Leão, seus antecessores arrecadaram números satisfatórios entre milhões e bilhões. No entanto, ao contrário das versões originais, os remakes colecionam críticas negativas. O principal argumento utilizado é que eles não conseguem capturar e retransmitir a mesma magia. Embora para muitos isso pareça um sinal de fracasso, a Disney caminha pela direção contrária.

A estratégia bilionária da Disney

Recentemente, a Disney percebeu que há maior ênfase no mercado mundial. Mais de 60% dos lucros da companhia vêm de países estrangeiros. Logo, eles têm reformulado alguns detalhes em suas produções, para se manterem ainda mais atrativos para a audiência internacional. Além disso, voltamos a comentar sobre seu poder nostálgico. Durante décadas a indústria do entretenimento e a cultura pop utilizaram o saudosismo como forma de despertar o fascínio do público. Hoje em dia o que está em alta são elementos dos anos 80 e 90. Sendo assim, o público alvo, que nessas décadas era formado por crianças, hoje é majoritariamente adulto. Contudo, para não se restringirem à uma limitação geracional, eles adicionam novos recursos para atrair a atenção de outros nichos de espectadores.

Alguns dos novos artifícios utilizados pelos estúdios da Disney são a tecnologia de ponta e a contratação de grandes estrelas. O Rei Leão, por exemplo, foi produzido com óculos de realidade virtual e contou com um elenco aclamado. O remake seria um sucesso independente do cast, mas nomes como Beyoncé e Childish Gambino acrescentaram uma credibilidade significativa ao longa.

Levando em consideração os pontos acima, podemos concluir que os filmes da Disney são à prova de críticas. Seu desempenho nas bilheterias não é afetado pela avaliações negativas porque a nostalgia em conjunto com a curiosidade pesa mais do que uma nota no Rotten Tomatoes. Mesmo lendo comentários negativos, fazemos questão de testemunhar com nossos próprios olhos.  Esse é o diferencial da Disney, nos recusamos a acreditar sem ver. Desde que as salas de cinema se mantenham cheias e as bilheterias continuem sendo quebradas, a empresa não vê necessidade em priorizar o cinema como arte.

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