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Porque a Sansa foi a verdadeira vencedora do Jogo dos Tronos

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Quando a família Stark foi apresentada no começo de Game of Thrones, o público logo escolheu seus integrantes favoritos. Sansa, porém, sequer era cogitada para entrar na lista dos mais queridos. No início, a personagem tinha sonhos simples, almejava ser rainha algum dia. Sua implicância com Arya tornava ainda mais difícil a conquista da simpatia da audiência. Em poucos episódios da primeira temporada, Sansa se transformou na personagem mais detestada da série. Chegou até a competir com Joffrey Baratheon no desgosto dos espectadores.

Oito anos depois, Sansa Stark acaba a série como uma das figuras mais amadas de Game of Thrones. Sua evolução foi demorada e, por não ser escrachada, despertou a paixão do público bem mais tarde. Sim, Sansa sonhava em ser rainha. Era uma mocinha conforme a cartilha mandava. Sabia bordar, se comportar à mesa, manter a educação durante qualquer conversa, usar a melhor postura para se locomover e tudo mais exigido pelos padrões. Sansa sempre foi encarada como um passarinho, protegido por tudo e todos. Tanto na série quanto fora dela.

Sansa era frequentemente chamada de “sonsa”, um trocadilho pejorativo sem cabimento. A personagem sempre foi mais forte do que demonstrava. Inclusive na primeira temporada. Sim, no começo, ela não queria se envolver com nenhum assunto político. E até flertou com Joffrey, quando ainda acreditava em príncipes encantados. No entanto, a partir do momento que percebeu a ameaça em direção a sua família, Sansa ficou em alerta constante.

Sansa Stark, uma das melhores jogadoras

Após a morte de Ned, Sansa nunca mais foi a mesma. Ela foi mantida em Porto Real contra a sua vontade. Sansa era uma prisioneira no palácio, obrigada a se casar com o sociopata mimado que ordenou a morte de seu pai. O que pouca parte do público percebeu na época é que Sansa sempre foi uma ótima jogadora. Ela demorou um pouco para acertar o jeito, mas nunca deixou a partida de lado.

A personagem aproveitava todas as oportunidades que tinha para soltar aquele sarcasmo maquiado aqui e dar espetadas de ironia ali. Sansa observou muito, ouviu demais e aprendeu tudo que pôde. Ela foi humilhada, ridicularizada, abusada física e psicologicamente de todas as maneiras possíveis. O inferno que ela passou, contudo, não a fez mais forte, pois isso ela sempre foi. Toda violência e crueldade sofrida por Sansa fez dela uma sobrevivente.

Arya fez uma lista de pessoas para matar e a repetia em voz alta. Sansa guardou a dela na cabeça e teve sucesso em eliminar os monstros de sua vida. Contou com a sorte algumas vezes, como acontece com os melhores jogadores. Mas, principalmente, usou sua perspicácia e sagacidade para traçar o próprio caminho de volta para casa. Sansa Stark encerrou sua jornada coroada como a Rainha do Norte. Por mérito próprio. Com mais respeito, dignidade e utilidade que Jon Snow, outrora visto como o herói da história.

O processo de amadurecimento da personagem foi um dos mais sensacionais de Game of Thrones. Ela conquistou o respeito e admiração de boa parte do público somente muitos anos depois. Mesmo assim, antes tarde do que nunca. No fim, Sansa Stark se revelou uma guerreira, uma sobrevivente, uma lady, uma rainha. A verdadeira vencedora do jogo dos tronos.

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