Curiosidades

Psicólogos dizem que estamos fazendo o mindfulness errado

0

Em suma, quando se pensa em mindfulness o que isso quer dizer? É estar ciente do que vem no seu caminho sem nenhuma distração? Ou então é se envolver por completo com os desafios que a vida te apresenta e responder de acordo com que for necessário?

Para responder essa pergunta, uma nova meta análise foi feita com quase 150 estudos. Com isso, se descobriu que a maioria das pessoas entendem mindfulness como estar atento e se envolver com tudo que surge em seu caminho. No entanto, as pessoas são bem ruins em colocar a parte do “se envolver” em prática.

“A compreensão científica do mindfulness vai além do mero alívio do estresse e requer uma disposição para lidar com os estressores. É, de fato, o envolvimento com os estressores que, em última análise, resulta no alívio do estresse. Mais especificamente, a atenção plena inclui duas dimensões principais: consciência e aceitação”, explicou o psicólogo social Igor Grossmann da Universidade de Waterloo.

Mindfulness

O mindfulness se deriva de tradições budistas. E se usa no ocidente desde 1970 como parte da psiquiatria e psicologia. Se demonstrou que ele ajuda a diminuir a depressão, o estresse, a ansiedade e até mesmo o vício em drogas. Além de também ser recomendado como uma forma de enfrentamento como parte da terapia.

Quando o assunto é a compreensão do mindfulness pelas pessoas, os pesquisadores dizem que a parte da consciência é compreendida de uma forma ótima. Nela, se faz o balanço do que está ao redor e de qualquer problema potencial que surja no caminho.

Entretanto, os pesquisadores descobriram que as pessoas tendem a usar o mindfulness como um endosso passivo da experiência. Ou seja, ele equivale a um emoji de dar de ombros.

Para que se consiga todos os benefícios que ele pode trazer é preciso se envolver com suas experiências e encontrar soluções e respostas para o ambiente em que se está. Coisas que os pesquisadores descobriram que as pessoas estão cientes, mas não fazem.

Entendimento

“Essas aplicações modernas de mindfulness enfrentaram recentemente críticas substanciais. Os estudiosos sugerem que as definições populares consideram o mindfulness como uma ‘solução rápida’ para o sofrimento, em vez de uma prática longitudinal de reorientação, reenquadramento e envolvimento com a experiência diária. Alguns críticos chegam a caracterizar aspectos do movimento do mindfulness na cultura popular como ‘McMindfulness’. Uma marca de promoção do bem-estar consumista que enfatiza o alívio de curto prazo do sofrimento pessoal em detrimento da exploração engajada das fontes de angústia que podem levar a mudança organizacional ou social”, escreveram os pesquisadores.

Ao todo, os pesquisadores analisaram 145 conjuntos de dados cobrindo 41.966 participantes que fizeram o Five Facet Mindfulness Questionnaire. Essas cinco faces são: observar, descrever, agir com consciência, não julgar a experiência interna e não reagir à experiência interna.

Feito isso, os pesquisadores descobriram que existia pouca convergência entre essas faces entre os participantes nos ambientes não clínicos. Em outras palavras, as pessoas não estavam abraçando o pacote completo.

“Embora descobrimos que as pessoas parecem compreender conceitualmente que o mindfulness envolve engajamento, o público em geral não está fazendo o que dizem. Nossos resultados sugerem que os leigos podem entender o que é consciência, mas o próximo passo de aceitação pode não ser bem compreendido. Limitando o potencial para se envolver com os problemas”, concluiu a autora principal e psicóloga organizacional da Ryerson University, Ellen Choi.

Fonte: https://www.sciencealert.com/this-psychology-paper-says-we-re-all-doing-mindfulness-wrong

Continentes do planeta surgiram milhões de anos antes do que se imaginava

Artigo anterior

5 maiores artilheiros do Brasil em 2021

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido