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Qual é o limite de cafeína durante a gravidez?

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café é a bebida que a maioria dos brasileiros ama e que vem servida em pequenas xícaras ou até mesmo em grandes copos. Ela já foi uma das mercadorias mais negociadas no mundo por conta do valor monetário. O que se sabe é que, desde sua época gloriosa, ela nunca saiu do gosto do povo.

Há quem não consiga começar o dia sem um cafézinho ou aqueles que nem conversam pela manhã, se não sentirem aquele cheirinho gostoso e o café quente na boca. Para os incuráveis  amantes de café qualquer hora é hora de tomá-lo.

Contudo, existem fatos que forçam as pessoas a reverem o seu consumo de cafeína. Por exemplo, a gravidez. Mas uma coisa infeliz foi que, mesmo com anos de pesquisa, os resultados delas fizeram com que se tornasse uma coisa conflitante e confusa. Até mesmo entre os cientistas, existe uma discordância a respeito das diretrizes atuais, se são realmente as mais apropriadas.

Café

Agora, um novo estudo a respeito do impacto da cafeína no desenvolvimento do cérebro das crianças foi adicionado nessa conversa. Quando a cafeína é consumida durante a gravidez, ela atravessa a placenta. E conforme a gravidez vai avançando, o corpo da mãe desacelera o metabolismo da droga.

Essas coisas são sabidas. Contudo, se isso pode ter como resultado algum efeito de curto ou longo prazo na saúde da criança conforme ela cresce, ainda é um ponto de forte contestação.

O American College of Obstetricians and Gynecologists e a American Pregnancy Association recomendam que as mulheres grávidas consumam menos de 200 gramas de cafeína por dia. Isso é o mesmo que uma ou duas xícaras de café.

Essa quantidade limitada de cafeína durante a gravidez também é recomendada pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) e a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA). E de acordo com a Organização Mundial de Saúde, qualquer coisa acima de 300 gramas de cafeína já é uma quantidade alta.

Esses limites estão quase todos de acordo. Mas recentemente vários estudos publicados se mostraram preocupados com essas diretrizes atuais. Ano passado, uma revisão das pesquisas descobriu que não existia um nível seguro de ingestão de cafeína durante a gravidez ou então no tempo em que se tentava engravidar.

Quantidade

Essas descobertas fizeram algumas manchetes. No entanto, especialistas disseram que as conclusões eram “alarmistas”, e que o estudo não substitui todas as outras evidências de que uma quantidade limitada de cafeína é segura na maioria das gestações.

Em um novo estudo, que deve ser publicado em março desse ano, os pesquisadores escanearam o cérebro de mais de quatro mil crianças, entre nove e 10 anos de idade, que foram expostas à cafeína mais de uma vez por semana enquanto ainda estavam no útero.

Os cérebros delas mostraram mudanças parecidas em algumas vias cerebrais. E os autores disseram que isso foi relacionado a problemas comportamentais mínimos, mas perceptíveis. Como por exemplo, dificuldade de atenção e hiperatividade.

Em conclusão os autores dizem que “as diretrizes atuais sobre a limitação da ingestão de cafeína durante a gravidez podem exigir alguma recalibração”.

Recomendações

Os resultados de longo prazo de beber cafeína mais de uma vez por semana durante a gravidez são bem difíceis de diferenciar de todos os outros fatores ambientais e genéticos que podem também influenciar as mudanças comportamentais e cerebrais no desenvolvimento das crianaças.

Não é que esse novo estudo deva ser descartado. Ele só precisa ser colocado em contexto.

“As diretrizes clínicas atuais já sugerem limitar a ingestão de cafeína durante a gravidez. Não mais do que duas xícaras normais de café por dia. A longo prazo, esperamos desenvolver uma melhor orientação para as mães, mas, enquanto isso, elas devem consultar o médico quando houver dúvidas”, concluiu o autor autor Zachary Christensen, da Universidade de Rochester.

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