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Saiba o que é a Síndrome de Boreout e como lidar com ela

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A maior parte dos brasileiros, e do mundo, está vivendo, pela primeira vez, uma quarentena. A Organização Mundial da Saúde pediu a todos que fiquem em casa e só saiam em casos de emergência, quando for inevitável. O motivo disso todos sabem: o novo coronavírus. E todo esse tempo dentro de casa, mudou o hábito das pessoas.

Grande parte das pessoas começou a trabalhar de casa. E por conta disso, quase todos começaram a repensar nas suas carreiras e seus planos para o futuro profissional.

Síndrome

Nesse período, os especialistas em psicologia começaram a observar um fenômeno que, a olho nu, é parecido com a Síndrome de Burnout. Basicamente, é o estado de extrema exaustão por conta da carga de trabalho. No entanto, existem outros sentimentos além do estresse que podem ser tão prejudiciais para o emocional das pessoas quanto. Isso é chamado de Síndrome de Boreout.

“Eu vejo os meus colegas engajados no trabalho, inclusive quando começamos o home office. Mas eu simplesmente não consigo. A impressão que eu tenho é que fico com o cérebro travado, me sentindo improdutiva e uma péssima profissional”, desabafou uma redatora publicitária.

Esse sentimento fez com que ela colocasse em dúvida a sua própria autoestima. “Comecei a imaginar que eu era a pior da equipe e que não prestava para nada. Então, percebi que o tédio tomou conta de mim. Agora, quando essa pandemia passar, pretendo, quem sabe, iniciar uma outra carreira”, contou.

O trabalho remoto, por causa da pandemia, fez com que várias pessoas ficassem doentes, sobretudo no quesito de saúde mental. Enquanto algumas pessoas mergulharam com tudo em seus trabalhos, outras estão cada vez mais desanimadas com suas carreiras.

O que é

A chamada Síndrome de Boreout, que traduzido do inglês “bored” é “tédio”, coloca em evidência o desinteresse constante pelas atividades diárias. Isso pode afetar de forma direta a autoestima dos trabalhadores. E até mesmo trazer consequências mais graves, como por exemplo, apatia, depressão, ansiedade e estresse crônico.

De acordo com a psicóloga Milene Rosenthal, claro que esse tipo de situação já acontecia antes da pandemia, contudo, com menos intensidade.

“Todas essas mudanças podem gerar um estresse adicional acompanhado com um desânimo e desmotivação frente ao trabalho. Como estamos vivendo em um momento incerto, cheio de dúvidas, a redução da carga de trabalho também reduz os desafios e metas, fato que também pode levar a uma fadiga e desinteresse”, explicou.

A Síndrome de Boreout acontece quando um trabalhador está muito entediado com seu trabalho e não consegue ver um propósito na atividade em que ele está envolvido. Ou então quando ele sente que não está sendo desafiado intelectualmente.

A psicóloga até dá um exemplo disso. “Imagine uma pessoa que começou a trabalhar há uma hora e já concluiu todas as tarefas definidas para o dia, seja pela facilidade, ou pela falta de novos desafios. Ao passar dos dias, poderá ocorrer um sentimento de menos valia, falta de aproveitamento da sua capacidade e principalmente, o entendimento que não está aprendendo e evoluindo”, comentou.

Como lidar

Para Milene, esse sentimento está relacionado a um desequilíbrio entre as expectativas do trabalhador com relação ao seu trabalho e suas necessidades reais.

Então, de acordo com Milene, ao identificar os sintomas dessa síndrome é preciso buscar ajuda profissional. Essa ajuda pode ser um psiquiatra ou psicólogo, para que eles identifiquem se o tédio e a desmotivação são originados pelo trabalho.

“Se o diagnóstico for positivo, o próximo passo é conversar com o gestor sobre seu papel na empresa e a possibilidade de abraçar novos desafios. Pois muitas empresas estão em um momento de muito aprendizado, buscando novas respostas e essa pode ser uma boa oportunidade de mudança na carreira”, ressaltou Milene.

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