A atual população mundial gira em torno de 7 bilhões de habitantes e talvez a hora de ter mais cautela e começar um planejamento para o futuro tenha chegado. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a previsão para a população mundial é de 10 bilhões de pessoas até o ano de 2100.

Apesar da grande maioria de nós não estarmos aqui em 2100 isso é sim um problema que necessita de uma solução. Com nossos atuais 7 bilhões já estamos sofrendo com problemas de pobreza, fome, falta de recursos naturais e mudanças climáticas.

O microbiólogo australiano e ganhador do prêmio Mundial de Ciência Albert Einstein, Frank Fenner, acredita que devido a todos os fatores já citados os homo sapiens não conseguirão sobreviver e se tornarão extintos em menos de um século.

Pessimismo

Frank tenta não expressar o pessimismo para não gerar caos e consegue ver que algumas pessoas estão tentando reverter nossa situação, mas acredita que graças a repetidas procrastinações a raça humana já deve estar fadada a extinção.

Segundo o microbiólogo, as mudanças climáticas são apenas o começo. “Teremos o mesmo destino das pessoas da Ilha de Páscoa. Mais pessoas significa menos recursos”, diz Frank. O cientista ainda faz uma previsão. “Teremos muitas guerras por comida”.

A Ilha de Páscoa é famosa por suas estátuas gigantes. Pessoas da polinésia as colocaram onde era uma ilha tropical até o meio do primeiro milênio A.C.. A população cresceu devagar e depois explodiu. Enquanto a população crescia, as florestas foram sendo destruídas e os animais começaram a entrar em extinção. Após 1600 anos a civilização entrou em colapso e na metade do século 19 desapareceu completamente.

O biologista evolucionário, Jared Diamond, disse que não há como não traçar um paralelo entre o que aconteceu na Ilha de Páscoa e o que está acontecendo hoje em nosso planeta.

Otimistas

Enquanto muitos cientistas são pessimistas outros ainda acreditam em um futuro melhor. Amigo e colega do microbiólogo Fenner, o professor Stephen Boyden, tem esperanças de que uma vez cientes dos problemas, as medidas revolucionárias vão aparecer e serão colocadas em prática.

“Enquanto houver esperança, vale a pena trabalhar para tentar resolver o problema. Temos a conhecimento científico para resolver, só não temos a vontade política”, diz Boyden