Ciência e Tecnologia

Teoria antiga que fala sobre transformar luz em matéria pode estar certa

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Mesmo que você não saiba muito sobre física, provavelmente se lembra de ouvir a definição de matéria. Ela diz que ‘tudo aquilo que possui massa, ocupa lugar no espaço’. Mas, será que essa definição poderia ser alterada? Bom, assim como tudo no universo está em constante alteração, a ciência também está. E uma proposta abordada a alguns anos atrás pode finalmente ter se tornado viável e, quem sabe, estar prestes a se concretizar.

Há mais de 80 anos, em 1934, os físicos Gregory Breit e John Wheeler afirmaram ter conseguido calcular uma forma que transformava a luz em matéria, mesmo que isso não fosse realmente possível na época. Mas, se a luz é formada por fótons, e esses não possuem massa, como isso poderia acontecer? Aparentemente a ideia é inverter o processo proposto por Albert Einstein, que deu origem a equação ‘E=mc²‘ e, ao invés de transformar matéria em energia, conseguir fazer com que energia se transforme em matéria.

A proposta de Gregory Breit e John Wheele

Eles afirmam que, ao colidir dois fótons, seria possível produzir um pósitron e um elétron. Ou seja, criando matéria a partir da luz. E tudo isso só foi possível por meio da equação de Einstein, ‘E=mc²‘.

E, já que ela é capaz de indicar quanta energia uma matéria produz, tudo o que eles tiveram que fazer foi inverter os cálculos, criando a ‘m = E/c²‘. Mas, na época em que ela foi lançada, o alto custo da energia que seria gasta fez com que ela permanecesse apenas uma teoria. E, de acordo com os próprios desenvolvedores, seria “impossível” fazer isso em um experimento de laboratório.

Da teoria para a prática

Levando a análise anterior como base, alguns físicos do London Imperial College acabaram desenvolvendo um novo método. Em 2014, eles perceberam que a adição de partículas massivas de alta energia estava causando complicações que poderiam ser evitadas. Desenvolvendo uma forma mais simples de se testar a teoria, agora é possível que ela seja testada. E, para tornar isso possível, eles precisaram de dois feixes de laser de alta potência.

Para provocar a colisão, e formar os pósitrons, os dois feixes serão lançados de forma diferente. Um deles será capaz de produzir 1000 vezes mais energia do que os fótons capazes de produzir luz visível. Enquanto o outro produzirá o mesmo valor multiplicado por um bilhão. E, assim que a colisão acontecer, finalmente será possível descobrir se pósitrons carregados realmente se originarão.

Outras considerações

Quando o método foi desenvolvida por Gregory Breit e John Wheeler, em 1934, eles se basearam em uma outra teoria anterior, a da eletrodinâmica quântica (QED). E, mesmo que todas as outras expectativas fundamentadas pela QED tenham obtido um resultado experimental, a de transformar energia em matéria permaneceu apenas uma teoria até o momento.

Além disso, se o experimento provar que é possível, isso pode mudar completamente diversas percepções atuais. E, consequentemente fazer com que os cientistas possam entender ainda mais o funcionamento do universo. Por isso, esperamos realmente que isso dê certo. Já imaginou as mudanças que isso trará? Qual a sua opinião?

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