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Ter uma mente inteligente pode estar ligado a sua personalidade, entenda

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Incontáveis são os benefícios de ter uma mente ágil. A precisão e a rapidez do pensar, sem dúvida alguma, nos ajuda a conquistar e a realizar diversas coisas. Muitas situações em nosso cotidiano exigem algum tipo de conhecimento prévio sobre elas. Porém, apesar do conhecimento que obtemos sobre as coisas, o que é mais importante é a nossa flexibilidade mental para analisar problemas sob várias perspectivas.

Precisamos ser capazes de observar uma situação em todas as suas possibilidades e só depois tomarmos decisões a respeito delas. Permitindo que nossa mente esteja aberta, enquanto ainda está focada em um resultado desejado.

A qualidade nessa flexibilidade é parte de um maior domínio da área cognitiva da fluência. Conhecido como ‘capacidade de fluir’, este componente da inteligência recruta a habilidade de ser capaz de encontrar novas soluções para possíveis problemas e também gerar algumas ideias para um único estímulo. Na fluência verbal, por exemplo, temos a tarefa de criar o maior número possível de palavras começando com a mesma letra. Quanto mais palavras, mais flexível é a nossa mente.

Uma nova pesquisa, liderada por Angelina Sutin, junto de seus colegas da Universidade Estadual da Florida, sugeriu que um grupo inexplorado de recursos pode existir em nossa personalidade. Eles observaram que o típico modelo de envelhecimento e inteligência mostra um declínio nas habilidades fluidas e na estabilidade ou um aumento na inteligência baseada no conhecimento. Eles também perceberam que o declínio não é inevitável.

“Os indivíduos podem desenvolver processos compensatórios que ajudam a compensar os déficits relacionados ao cérebro que prejudicam o desempenho”, escreveram os pesquisadores. A nossa personalidade pode ser o que esteja oferecendo tal compensação.

Sutine e seus colegas basearam seu trabalho no Modelo dos Cinco Fatores da personalidade. Tal modelo propõe que nossa personalidade é organizada nos traços do neuroticismo, abertura à experiência, agradabilidade, consciência e extroversão. Comumente, modelos de personalidade dão ênfase às diferenças individuais.

Traços de personalidade

Ao ver as mudanças relacionadas à cognição sob essa perspectiva, traços da personalidade são capazes de servir como “outros fatores além do envelhecimento cerebral que podem contribuir para as diferenças individuais na função cognitiva, com efeitos que se acumulam ao longo de toda vida útil”.

Se apoiando na proposta de que os traços de personalidade influenciam a cognição, Sutin citou evidências que mostravam que pessoas mais conscientes desempenham melhor tarefas de memorização. Ao menos em parte, por trabalharem muito e serem bem organizadas. Por outro lado, pessoas com alto nível de neuroticismo podem não se dar muito bem em testes cognitivos. Isso porque elas podem estar muito ansiosas e não se concentrarem.

O papel executado pela extroversão na fluência verbal fomenta a ideia de que a personalidade influencia a capacidade cognitiva. Porém, de uma maneira diferente. Extrovertidos falam muito, portanto, quando necessário, eles conseguem criar uma série de associações verbais. Mas existe um lado negativo. Efeitos do neuroticismo na fluência verbal podem estar associados a uma menor produção verbal.

No entanto, os próprios autores do estudo apontam que seu experimento enfrentou limitações. Amostras foram transversais, as medidas de personalidade foram levemente distintas, e os dados não permitiram que os autores pudessem definir uma contribuição para a fluência de cada uma das cinco características.

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