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Todo ano 5.200 toneladas de poeira extraterrestre chove na Terra

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Nosso planeta sofre intervenções de fora a Terra. E já há algum tempo os cientistas sabem que a Terra está embaixo de uma chuva constante de poeira espacial. Contudo, por conta do seu tamanho microscópico é muito difícil de se conseguir uma estimativa precisa da quantidade.

Os micrometeoritos não são maiores do que uma fração de milímetro. E ficam perdidos como uma penugem espacial pela passagem de cometas e asteroides. Contudo, depois de 20 anos de coleta de material na Antártica, uma equipe internacional de cientistas conseguiu um número. Eles chegaram à conclusão de cerca de 5.200 toneladas de micrometeoritos caem na Terra anualmente.

Segundo eles, isso faz com que esses micrometeoritos sejam a maior fonte de material extraterrestre que é entregue à superfície da Terra. E isso, na realidade, é uma grande conquista.

Poeira

A atmosfera do nosso planeta está cheia de poeira de todos os tipo. E um estudo feito em 2020 descobriu que aproximadamente 17 milhões de toneladas métricas de poeira grossa estão soprando na atmosfera a qualquer momento.

A equipe então foi para a Antártica, na estação Concordia em Dome C., para conseguir minimizar essa poeira de “fundo”. Nesse local, a poeira terrestre é praticamente zero, e a taxa de acúmulo de neve é baixa. Isso quer dizer que a neve que já está lá pode ser derretida, para conseguir a taxa de queda de micrometeoritos na região.

Nesses 20 anos, foram feitas seis expedições. Em cada uma delas, os pesquisadores fizeram exatamente esse procedimento. Eles conseguiram identificar um total de 1.280 micrometeoritos não derretidos e 808 esférulas cósmicas, que são uma rocha espacial derretida. Isso foi visto abaixo de 350 microgramas de massa. O que deu aos pesquisadores a possibilidade de calcular a taxa com que as partículas chovem na superfície.

Segundo os cálculos feitos por eles, que foram extrapolados para o mundo todo e supondo que a chuva esteja uniformemente distribuída, aproximadamente 1.600 toneladas de micrometeoritos e 3.600 toneladas de esférulas cósmicas chegam na superfície da Terra anualmente. O que, no total, são 5.200 toneladas anuais.

Análises

Depois disso feito, a pesquisa continuou e foi para uma outra fase. Os pesquisadores fizeram uma análise da poeira pra conseguir determinar sua origem, se baseando na densidade dos grãos. Isso porque, a densidade mais baixa e porosidade mais alta sugerem que a origem do grão é cometária. Já uma densidade mais alta e porosidade mais baixa quer dizer que a origem do grão é meteórica.

A partir disso, a equipe concluiu que aproximadamente 80% da poeira cósmica que atinge a superfície do planeta vem dos cometas, a medida que eles passam por nós em suas viagens orbitais. Esse número foi consistente com as estimativas anteriores da entrada cometária para poeira espacial na Terra.

Além disso, os modelos feitos pela equipe mostraram que a massa total da entrada de poeira cósmica, antes da entrada na atmosfera é aproximadamente de 15 mil toneladas. Não está claro o motivo dessa diferença tão grande, mas os pesquisadores tem algumas hipóteses.

Uma  delas é que uma proporção significativa da poeira escapa da capacidade que os pesquisadores tem de detectá-la. Outra é que parte dessa poeira é tirada antes da entrada na atmosfera terrestre. Já uma terceira hipótese é que haja significativamente menos poeira no espaço em volta da Terra, do que se é pensado.

Se os pesquisadores conseguirem descobrir a razão disso, isso poderia ajudá-los a restringir melhor o papel da poeira cósmica na entrega de moléculas de água e carbono para a Terra.

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