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Você sabia que existem clínicas de recuperação para viciados em jogos eletrônicos?

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O vício em jogos eletrônicos tem sido um problema cada vez mais comum e constante. Com o avanço da tecnologia, tornou-se socialmente aceito que as pessoas passem horas em frente às telas. Muitas vezes, alguns passam quase a totalidade do dia na frente do computador ou com o celular em mãos.

Em tempos de pandemia, como o isolamento social foi necessário, a ausência de contato com o “mundo externo” pode ter contribuído para a incidência ainda maior de pessoas viciadas em jogos virtuais. 

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Por esse motivo, já existem clínicas de recuperação destinadas a tratar pessoas que apresentam tal vício. Essas clínicas atuam garantindo tratamentos acompanhados por assistência médica, psicológica, bem como de grupos de apoio, além de outras atividades específicas. 

Reconhecimento da OMS

A dependência em jogos eletrônicos, inclusive, já tem até um apelido que já é bem conhecido. A palavra gaming disorder traz uma classificação sobre esse tipo de problema. Desde 2018, na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o uso abusivo de jogos eletrônicos como transtorno mental. 

Afinal, o descontrole pode prejudicar relacionamentos, diminuir a produtividade no ambiente de trabalho e afastar indivíduos de suas famílias e de todos aqueles que amam. Na Inglaterra, existe uma clínica referência para esse tipo de caso. O Brasil não fica atrás e conta com o Programa de Dependências Tecnológicas, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Quais os sintomas do vício em games?

O vício em games pode ser identificado de diversas maneiras. No entanto, alguns pontos podem definir e sinalizar melhor sobre como esse problema se apresenta, a exemplo do tempo diário que é destinado ao jogo. Além disso, a pessoa acaba tendo a tendência de substituir qualquer outra atividade pelos jogos.

Outro sintoma do vício é a dificuldade para parar de jogar em um tempo estabelecido e deixar de cuidar da higiene pessoal e até de comer para jogar. No caso de crianças e adolescentes, é comum que haja problemas escolares, conflitos familiares e afastamento do círculo de amigos. Em casos mais severos, o indivíduo pode se tornar agressivo quando é afastado dos jogos eletrônicos.

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Como é feito o tratamento?

A psicoterapia cognitivo-comportamental é a opção mais utilizada em tratamento para vício em jogos online. Nela, o paciente entende os aspectos de sua dependência e cria condições para desenvolver formas de se relacionar socialmente, longe do ambiente dos jogos online.

Assim, auxiliado por psicólogo, a pessoa identifica quais gatilhos o levam a recorrer ao vício e consegue criar interesse por outras atividades que saiam desse círculo. Essa ação permite que se crie uma relação mais saudável com os jogos.

“No tratamento, os pacientes vão sendo orientados a como lidar com os gatilhos que os fazem usar demais a tecnologia. Eles enxergam as situações em que usam os jogos ou outras plataformas para compensar dificuldades ou tristezas, entendem o ciclo da dependência e vão começando a ‘desmamar’”, explica Cristiano Nabuco, coordenador do Programa de Dependências Tecnológicas, do Instituto de Psiquiatria, do Hospital das Clínicas de São Paulo. 

No tratamento para vício em jogos online, acima de tudo, é fundamental introduzir hábitos saudáveis na vida do paciente de forma que ele possa desapegar da necessidade de recompensa que encontra ao jogar. Incentivar a prática de atividades físicas, uma alimentação saudável e, principalmente, relacionamentos em que haja afeto e confiança são as melhores formas de evitar que haja recaídas no futuro.

“Os profissionais da saúde têm de reconhecer que os transtornos do jogo podem ter consequências graves para a saúde”, afirmou Vladimir Poznyak, responsável pelo Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS. Vale ressaltar que todo o diagnóstico do vício é dado por um profissional especializado, ou seja, um psicólogo ou psiquiatra. Além disso, os encaminhamentos para o tratamento são realizados apenas por esses profissionais.

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