Curiosidades

4 inventores de armas superletais que se arrependeram da sua criação

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Muito se discute a respeito das armas de fogo. O mundo inteiro se volta para as controvérsias presentes nesse assunto e milhares de pessoas perdem suas vidas anualmente como resultado “apenas” de tiros. Só isso já é o suficiente para muitas pessoas serem contra o porte desse tipo de arma. Contudo, em contrapartida existem os que são a favor do porte de armas.

As armas de fogo, por exemplo, são bem antigas. Existem registros dos primeiros usos das armas, que datam o século XIII e XIV. Mas não é porque sua invenção é tão antiga e que realmente tenha mudado o mundo que ela seja uma coisa boa, ou então, que seus inventores não tenham se arrependido de suas criações.

Ademais, essas armas não são invenções propriamente ditas feitas para fins benéficos. Algumas delas, na realidade, deixam consequências bem trágicas e macabras, tanto que alguns dos gênios por trás dessas armas superletais, muitas vezes depois de avaliar o poder destrutivo de suas criações se arrependeram delas.

1 – Robert Oppenheimer

BBC

Ele foi o cientista que esteve mais ligado com a criação de uma das armas mais letais, as bombas atômicas, durante a Segunda Guerra Mundial. Oppenheimer era físico teórico norte-americano e foi o diretor do Projeto Manhattan, projeto que desenvolveu a primeira bomba atômica da história.

A formação do físico era no estudo dos processos energéticos das partículas subatômicas, incluindo os elétrons, os pósitrons e os raios cósmicos. Contudo, o conflito bélico da época fez com que sua vida profissional fosse para outra direção.

Nesse ínterim, Oppenheimer começou a pesquisar um processo de separação de urânio-235 do urânio natural e determinar a massa crítica necessária para a fabricação da bomba.

“Oppenheimer ocupou um cargo de imensa responsabilidade e foi levado ao seu limite. Ele se envolveu em decisões fundamentais sobre o projeto das bombas atômicas e esteve pessoalmente relacionado com as decisões sobre como essas bombas seriam utilizadas. Ele pleiteou que elas fossem usadas contra cidades e estava no comitê que decidiu onde exatamente as bombas seriam lançadas”, disse Alex Wellerstein, historiador especialista em armas nucleares.

Depois da sua invenção, por várias vezes Oppenheimer mostrava o seu pesar por sua invenção e o falecimento de milhares de vítimas em Hiroshima e Nagasaki. Como resultado, ele renunciou seu cargo depois da explosão das bombas.

2 – Arthur Galston

BBC

Esse fisiologista e botânico norte-americano é o criador do chamado agente laranja, que ele nunca pensou que poderia ser usado como arma. Galston se dedicava a estudar os hormônios vegetais e os efeitos da luz sobre o desenvolvimento das plantas.

Nesse sentido, ele fez experiências com um regulador do crescimento das plantas. Como resultado, o cientista descobriu que isso poderia estimular a floração da soja e fazê-la crescer mais rápido. Contudo, ele disse que se o composto fosse aplicado em excesso ele faria a planta perder suas folhas.

Mas essa descoberta de Galston não ficou apenas nas plantas. Na Guerra do Vietnã, outros cientistas usaram a descoberta para criar o agente laranja. Ele era um herbicida poderoso com o objetivo de eliminar florestas e colheitas que poderiam ser aproveitadas pela guerrilha do Vietcongue.

Por conta desse uso, Galston ficou bem abalado e fez um alerta às autoridades e ao mundo todo em várias ocasiões, além de afirmar que o herbicida também representava riscos para os seres humanos.

“Eu costumava pensar que seria possível evitar envolver-se nas consequências antissociais da ciência simplesmente não trabalhando em nenhum projeto que pudesse ter fins malignos ou destrutivos. Aprendi que as coisas não são tão simples e que quase todas as descobertas científicas podem ser pervertidas ou deformadas devido às pressões sociais”, declarou Galston.

3 – Mikhail Kalashnikov

BBC

Uma das armas mais famosas do mundo foi criada por Mikhail Kalashnikov, o fuzil semiautomático AK-47. Em 1947, o engenheiro militar russo criou o fuzil simples, resistente e confiável. Logo menos, ele se tornou a principal arma dos exércitos soviético e russo, e de outros vários países.

Ademais, a AK-47 se tornou um verdadeiro símbolo de revolução no mundo todo. Essa arma esteve em ação nos campos de batalha da Angola, Vietnã, Argélia e Afeganistão. Nesse ínterim, calcula-se que essa arma foi responsável por mais mortes acumuladas que as bombas atômicas.

Durante a vida, Kalashnikov expressou pouco remorso pela invenção dessa arma. Mas um pouco antes de morrer, ele confessou que sentia uma “dor espiritual insuportável”.

“A minha dor espiritual é insuportável. Faço seguidamente a mesma pergunta sem resposta. Se o meu fuzil tirou a vida das pessoas, será que eu cristão e crente ortodoxo, sou culpado pelas suas mortes? Quanto mais tempo vivo, mais essa pergunta não me sai da cabeça e mais me pergunto por que Deus permitiu que o homem tivesse os desejos diabólicos da inveja, da cobiça e da agressão”, escreveu ele em uma carta para o líder da igreja ortodoxa russa.

4 – Alfred Nobel

BBC

Em dezembro de 1896, dois jovens engenheiros suecos abriram o testamento de Alfred Nobel e viram que ele queria que a maior parte da sua fortuna fosse usada para a criação de uma entidade que celebrasse o progresso da humanidade.

Nobel deixou instruções para que a Fundação Nobel fosse criada com prêmios anuais pelos méritos alcançados na Física, Química, Medicina e Fisiologia, Literatura e Paz Mundial. Em 1969, foi adicionada a Economia.

A última foi adicionada porque, de acordo com o que se diz, em suas últimos dias, Nobel era atormentado pela morte e destruição gerada pela aplicação dos seus inventos. Por conta da sua invenção da dinamite, o químico, engenheiro, escritor e inventor sueco decidiu doar grande parte da sua fortuna para essa fundação.

Em 1866, Nobel conseguiu inventar um método que permitiria manusear a nitroglicerina com segurança. Foi então que uma das armas mais famosas nasceu, a dinamite.

Assim, dinamite foi empregada como conteúdo explosivo dos projéteis de artilharia e cargas de demolição militares. Como resultado, ela foi responsável por milhares de mortes.

Fonte: BBC

Imagens: BBC

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