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4 mitos sobre o aborto que quase todo mundo acredita

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O aborto costuma ser uma tabu em diversas sociedades, e no Brasil não é diferente. O debate sobre a legalização do ato de abortar já levantou (e continua levantando) brigas e controvérsias entre os que são a favor e contra. Por ser uma questão de saúde pública, o aborto deve ser visto com seriedade e debatido de forma civilizada e bem fundamentada. Mas muitas pessoas ainda se deixam levar por algumas “lendas” ao redor do aborto, prejudicando sua percepção quanto ao assunto.

O Ultra Curioso fez uma lista com 4 mitos sobre o aborto que quase todo mundo acredita, e que é importantíssimo esclarecer e desmentir para que um tema tão importante seja levado de forma mais verdadeira e séria. Veja abaixo quais são esses mitos, e saiba o porquê muitas pessoas mantém opiniões sobre o aborto baseadas em coisas que nem são verdade.

1. Aborto espontâneo é culpa da mãe

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Muitas mulheres que sofrem aborto espontâneo passam a culpar a si mesmas. Eles não deveriam. A maioria dos abortos ( cerca de 60 por cento) são causados por números anormais de cromossomos, que provocam a perda do feto.

Quando o espermatozóide e o óvulo se encontram, eles trazem em cada um 23 cromossomos portadores de DNA que “se encontram” (formando pares) para criar o novo genoma do embrião. Às vezes, esse processo dá errado, fazendo com que aconteça a aneuploidia (números de cromossomos anormais em vez de pares). O tipo mais conhecido de aneuploidia é, provavelmente, a síndrome de Down.

2. O feto sente dor durante o aborto

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Mito. O feto não consegue sentir dor antes da 24ª semana de gravidez. Vários especialistas da Real Faculdade de Obstetras e Ginecologistas (do Reino Unido), concordam com esse dado. Já pesquisadores da UCSF concluíram que o feto não sente dor antes de chegar à 29ª ou 30ª semana de desenvolvimento.

3. O aborto feito com medicamentos é usado em poucos casos e não tem reconhecimento médico pleno

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Outro mito. Aproximadamente um em cada cinco abortos é um aborto medicamentoso. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças constataram que 19% dos abortos realizados nos EUA no ano de 2011 foram medicamentosos e que 28,5% deles foram feitos nas primeiras nove semanas de gestação.
O Instituto Guttmacher também constatou que os abortos por medicamentos aumentaram substancialmente entre 2008 e 2011, indicando que mais mulheres vêm encerrando suas gestações com esse método, o que é uma alternativa ao aborto realizado cirurgicamente.

4. O aborto é perigoso

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Se não for feito em clínicas clandestinas, esse é um outro mito. Foi comprovado que mais de 99,75% dos abortos não causam problemas médicos importantes.
De acordo com um estudo de 2014 feito pela Universidade da Califórnia em San Francisco (UCSF), que monitorou 55 mil mulheres por seis semanas após seus abortos, menos de um quarto de 1% dos abortos realizados levaram a complicações graves de saúde.

 

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