O Pico da Neblina, localizado no estado do Amazonas, fica a 2.995 metros acima do nível do mar, no meio da floresta amazônica. O parque nacional que abriga o lugar está fechado para visitação desde 2003, devido ao avanço do garimpo ilegal e violações dos direitos do povo Yanomami. O território pertencente a tribo ocupa boa parte do parque.
No fim de 2017 uma equipe de cientistas e pesquisadores brasileiros receberam a autorização para uma expedição no local. O grupo foi liderado pelo professor Miguel Trefaut Rodrigues e dentre os membros, 12 pesquisadores da Universidade São Paulo (USP). A outorga foi concedida pela FUNAI e o Exército Brasileiro. Ao todo, a expedição durou um mês e contou com ajuda dos índios Yanomami e militares.
Caracterizando a primeira grande expedição científica ao Pico da Neblina, o ponto mais alto do Brasil, durante os dias que seguiram a aventura dos brasileiros, algumas novas espécies de plantas e animais foram encontrados. O processo para a nomeação de uma nova espécie pode levar até mesmo anos, porém, os cientistas atribuíram alguns “apelidos” a eles e que você pode conferir logo abaixo.
1 – Olhudo Vermelho
Essa espécie de sapo foi encontrada debaixo de uma pedra após uma caminhada de cerca de sete horas até o topo do Pico da Neblina.
2 – Gorducho Cinzento
O gorducho cinzento pertence a grande família Terrarana, que possui cerca de mil espécies. A equipe responsável por encontrá-lo está analisando seu DNA para compreender onde esta espécie se encaixa na árvore genealógica dos sapos.
3 – Sapo-lagarto
Esta espécie não pula como os demais sapos. Eles se movimentam de forma semelhante aos lagartos e seu corpo é coberto por verrugas. Ele mede cerca de 35 mm de comprimento e foi encontrado a cerca de 2 mil metros de altura.
4 – Caburé da Neblina
O professor da USP, Luiz Fábio Silveira, avistou essa espécie de coruja no topo de uma árvore no Pico da Neblina. O inesperado encontro deixou o professor completamente eufórico. “Quando ouvi sua vocalização peculiar, imediatamente percebi que estava escutando um canto completamente novo – a melhor indicação de uma nova espécie”, afirmou Silveira.
5 – Céu Noturno
Esse lagarto mede cerca de 6 mm e seu corpo é desenhado de pontos pretos e brancos, que remetem a um céu estrelado. Os parentes mais próximos a essa nova espécie são os do grupo Riolama, que vivem nas montanhas da América do Sul.
6 – Marrom Gigante
O Marrom Gigante, também pertencente a família Riolama, tem comprimento duas vezes maior que o Céu Noturno.
7 – Sapo que pia
O Sapo que pia foi encontrado nas partes mais baixas do Pico da Neblina. O sapo é pertencente ao grupo Allobates, que tem atividade restrita a luz do dia. O animal tem comprimento de cerca de 2 cm, e se diferencia das demais espécies por uma coloração estranha em suas pernas. Os machos, diferente da maioria dos sapos, carregam os ovos sobre as costas e os deixam espalhados pelo chão da floresta, ao invés de colocá-los na água.
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