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7 Frankensteins da vida real que a medicina já criou

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O romance da escritora Mary Shelley conta a história de Victor Frankenstein, um estudante que constrói um monstro em seu laboratório. Dar vida a seres inanimados, ou até mesmo trazer de volta a vida pessoas que já se foram sempre esteve no imaginário das pessoas.

Em 2015 o cirurgião italiano Sergio Canavero ganhou uma certa relevância ao falar que realizaria o primeiro transplante de cabeça. Segundo ele, uma cabeça humana seria colocada viva em um cadáver, reanimando os dois. Claro que é uma suposição louca, mas duvidar seriamente de que ela possa ser possível, poucas pessoas o fazem. Se algum dia isso for realizado com certeza a medicina terá sido o caminho. Independente de preocupações e controvérsias éticas, esse seria mais um procedimento em uma longa história da ciência frankensteiniana como vem acontecendo desde os tempos da alquimia.

1 – Abu Musa Jabir ibn Hayyan

Geber, como ele ficou conhecido na Europa é um alquimista dos mais notáveis. Ele estabeleceu as bases para a tabela periódica, introduziu equipamentos como o alambique e processos como a destilação. Para alguns historiadores, Geber é creditado por transformar o foco místico da alquimia em um lado teórico.

Mesmo assim ele ainda é associado, por alguns cientistas, a criatura chamada takwin. Trata-se de uma criatura pequena que, segundo ele, poderia ser feita em laboratório. Não se sabe ao certo se Geber deu vida a essa criatura, mas ele deixou instruções de como fazer uma. Segundo ele, era preciso combinar sangue, sêmen e várias partes do corpo em um recipiente de vidro na forma que quisesse que a criatura tivesse.

2 – Johann Dippel

Ele nasceu no Castelo de Frankenstein, no sul da Alemanha, e teve uma educação bastante religiosa. Mas apesar de ter estudado Teologia ele estava sempre voltando sua atenção para a ciência e alquimia.

O interesse dele era transmutar metais básicos em ouro e destilar partes de animais em óleos medicinais. O mais famoso deles foi o Óleo Animal de Dippel, que era feito de couro, sangue e marfim e tinha aspecto preto e fedorento. Ele foi comercializado como um elixir da vida. Dippel também alegava que seu óleo poderia ser usado para exorcizar demônios. O óleo teve uma breve popularidade, mas o fato do próprio Dippel ter morrido cedo, tendo ele previsto que viveria até 135 nos, não foi uma boa propaganda.

3 – Luigi Galvani

Muitos dos Frankensteins da vida real foram inspirados pelo trabalho de Luigi Galvani, pois ele surgiu com o conceito de galvanismo e o uso da eletricidade para estimular a vida. Quando ele fazia seus experimentos, na segunda metade do século XVIII, a eletricidade era relativamente nova e ele viu nela um potencial de avanço.

Em 1786, ele fez uma rã morta se contorcer apenas tocando seus nervos com uma tesoura, o que o levou a teorizar que os animais produzem sua própria eletricidade. Para confirmar suas suspeitas ele fez o teste com inúmeros outros sapos e sugeriu que a eletricidade animal era uma substância eletrificada do cérebro. Seu trabalho levou Alessandro Volta a criara pilha volática, que foi uma das primeiras baterias elétricas.

4 – Giovanni Aldini

Ele era sobrinho de Galvani e queria seguir os passos do tio, mas não com sapos e rãs. Aldini estava de olho nos animais maiores como vacas e porcos que tremiam seus corpos frios e globos oculares ao serem atingidos com uma corrente elétrica.

Depois ele voltou seu trabalho para os humanos. Aldini usava uma pilha voltaica com centenas de discos de metal para aplicar a eletricidade em corpos sem cabeça. Mas diferente da história de Frankeinstein, isso não foi em um castelo no meio de uma tempestade. Ele fazia seus experimentos em plena luz do dia em uma praça com pessoas olhando.

Apesar de que as contrações e espasmos dos animais foram reproduzidas nos humanos, Aldini precisava de um cadáver que não tivesse perdido tanto sangue. Ele foi para Londres em busca de um criminoso enforcado. Ele encontrou um homem chamado George Foster no qual ele começou aplicar a eletricidade imediatamente. A mandíbula começou a tremer, os músculos foram super contorcidos, o olho esquerdo se abriu e o corpo convulsionou como se estivesse sendo reanimado, mas eventualmente a bateria morreu e George foi junto com ela.

5 – Andrew Ure

Ele era um professor de Química e Filosofia natural em Glasgow, nas Escócia e queria continuar o trabalho dos cientistas italianos. Foi então que aproveitou a oportunidade da primeira pessoa enforcada publicamente, Matthew Clydesdale, para fazer seu experimento.

O corpo foi levado até o teatro da universidade onde o professor esperava com a bateria já carregada. Não era segredo para ninguém quais eram suas intenções, ele queria reviver os mortos. De acordo com testemunhas oculares, o experimento foi tão bem sucedido que Ure teve que cortar a garganta de Clydesdale para ter certeza que ele morreria outra vez. Claramente esses relatos são falsos. Mas o experimento do professor fez com que a perna dobrada do morto se endireitasse, fazendo-o dar um chute em um de seus assistentes e que o cadáver fizesse as mais variadas expressões com o rosto quando estimulado.

6 – Andrew Crosse

Ao contrário dos outros dessa lista, ele era um cientista amador mas também obcecado pela eletricidade. Para Crosse a eletricidade era vista como uma força mística, um poder divino criativo que o homem podia aproveitar. Ele é mais conhecido por, supostamente, ter criado uma vida orgânica espontânea em seu laboratório.

Esse experimento ocorreu por acaso. Na verdade o que ele queria fazer era gerar cristais passando uma corrente elétrica por um pedaço de pedra vulcânica submersa em ácido, mas teve uma surpresa quando pequenos ácaros emergiram e contorceram suas pernas depois de 26 dias.

7 – Sergei Bryukhonenko

Ele subiu um degrau na escala Frankenstein porque demonstrou que era possível manter os órgãos vivos e funcionando mesmo depois de removê-los do corpo. Isso era feito utilizando sangue oxigenado e ar, quando necessário, para manter os pulmões “respirando”, os corações batendo e os cérebros semi-conscientes.

Os órgãos ligados à maquina que os fazia funcionar só pararam quando o sangue da máquina coagulou, o que demorou cerca de 100 minutos. E só ocorreu por não estar hermeticamente fechado.

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