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7 golpes de Estado mais sangrentos de todos os tempos

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A expressão “golpe de Estado” foi criada por Gabriel Naudé, um teórico político francês, do século XVII. Comumente definido como uma subversão da ordem institucional constituída de determinada nação, um golpe de Estado pode, ou não, apresentar características violentas.

N realidade, tal ação ocorre quando um governo, estabelecido por meios democráticos e constitucionais, é derrubado de maneira ilegal. Inúmeros governos, em um determinado momento da História, viveram tal experiência. E em muitos casos, alguns foram ilustrados por atos extremamente violentos.

Confira agora, os 7 golpes de Estados mais sanguinários de todos os tempos.

1. China – Levante de Wuchang (1911)

Também é conhecida como Revolução de 1911, ou Primeira Revolução Chinesa, a revolução de Xinhai marcou a derrubada da Dinastia Qing e o estabelecimento da República Chinesa. Em suma, tudo começou em outubro de 1911, com a Revolta de Wuchang. Nesse ínterim, uma rebelião armada foi instaurada por conspiradores que se opunham à política pró-ocidente do imperador Pu Ui. Analogamente, parte do Exército imperial, aderiu ao movimento. Assim, os revoltosos tomaram o poder, encerrando 2 mil anos de regime imperial.

2. Argentina – Revolução Libertadora (1955)

Em 1940, instalou-se, na Argentina, o peronismo. Em suma, o peronismo foi um movimento político que garantiu a popularidade de Juan Domingo Perón. Devido à força do movimento, Perón conseguiu assumir a presidência do país em duas ocasiões. Primeiro, entre 1946 e 1955, e segundo, de 1973 a 1974. Na época, além de perder o controle sobre a economia, Perón entrou em choque com a Igreja Católica. Insatisfeitos, conspiradores civis e militares trabalharam para derrubar Perón da presidência argentina. Foi, nesse ínterim, que a violência se fez presente. O golpe de Estado foi ilustrado por um banho de sangue, quando a Marinha e a Força Aérea bombardearam a Plaza de Mayo. Grupos de apoio a Perón reagiram incendiando igrejas.

3. Chile – Golpe de Estado (1973)

Em 11 de setembro de 1973, sob ordens de Augusto Pinochet, inúmeros militares chilenos derrubaram o governo Salvador Allende. Curiosamente, na época, mesmo prevendo o golpe, Allende recusou terminantemente as reivindicações da extrema esquerda de armar os operários. Em suma, o presidente foi morto em circunstâncias não esclarecidas. Foi então que Pinochet conseguiu instaurar uma ditadura militar.

4. Argentina – Golpe de Estado (1976)

Sim, voltemos à Argentina. O país, em suma, vivenciou o processo de derrubada de governo mais de uma vez. O que já é motivo suficiente para citarmos a nação novamente. Em suma, a ditadura civil-militar que o país viveu entre 1976 e 1983 ocasionou traumas na sociedade que ainda são visíveis. Além disso, seus desdobramentos são constantemente revisitados. As mortes, os desaparecimentos, sequestros, as adoções ilegais são algumas das mais perversas heranças deixadas por tal momento. Na época, após depor Isabelita Perón, uma junta de comandantes do Exército, Força Aérea e Marinha assumiu a presidência do país. A repressão policial começou antes do golpe, contra guerrilheiros de esquerda.

5. Irã – Revolução Iraniana (1978-1979)

O golpe, aqui, parece até brincadeira, já que teve até o apoio dos Estados Unidos. Vamos lá. Basicamente, para entender todo o cenário, é preciso lembrar que o Irã foi aliado das nações ocidentais, no decorrer do século XX. Em suma, no início do século XX, os britânicos exploravam a maior parte do petróleo do país. Entretanto, uma crise política, que começou em 1951, dividiu o governo iraniano. Na época, o governo era liderado pelo xá Reza Pahlevi. Confrontando o poder do xá, o primeiro-ministro Mohammad Mussadeq estatizou as companhias petrolíferas estrangeiras. Pahlevi, que estava sob pressão, deixa o país. Entretanto, volta em 1953, com apoio dos EUA, e dá um golpe de Estado. Insatisfeitos, esquerdistas, liberais e muçulmanos tradicionalistas uniram-se ao aiatolá Khomeini para derrubar o governo do xá Reza Pahlevi.

6. Bolívia – Massacre de todos os Santos (1979)

Em 1 de novembro de 1979, o coronel Alberto Natusch Busch perpetrou um golpe de Estado violento. O processo permitiu o surgimento do seguinte governo militar, que culminou em 1981, com a ditadura de Luis García Mesa. Em suma, o golpe foi anunciado por meio de um comunicado, que foi emitido pelas estações de rádio do país. Nesse ínterim, no dia 1º de novembro, Natusch mobilizou os regimentos de Tarapacá e Ingavi, com os quais ocupou a cidade de La Paz. Posteriormente, iniciou o chamado “Massacre de Todos os Santos”. Já viu, sangue! Por todas as partes.

7. Guiné Equatorial – Golpe de Estado (1979)

Em agosto de 1979, o ditador Francisco Macías Nguema foi deposto por seu sobrinho, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo. Em suma, o ditador havia sido acusado de loucura. Por quê? Bom, basicamente, talvez seja porque Francisco condenou à morte membros da própria família, ordenou o genocídio de uma tribo e colocou fogo em milhões de notas de dólar. O ditador foi fuzilado, em setembro do mesmo ano.

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