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7 livros de ficção que têm visões muito erradas da ciência

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Segundo disse uma vez o autor de ficção científica, Ray Bradbury, “a ficção científica é a literatura mais importante na história do mundo, porque é a história das ideias”. E ele não estava incorreto, apesar de sua fala ser tendenciosa. Dois são os tipos de gêneros de ficção científica. Um mais caracterizado por seu interesse no detalhe ou na precisão científica, enquanto o outro, considerado mais leve e que utiliza elementos da Sociologia, Antropologia e Psicologia.

A construção do universo em uma ficção científica costuma ser muito criativa, muitas vezes se inspirando em conceitos científicos, distorcendo completamente sua realidade. Pensando nisso, hoje, trouxemos para vocês, alguns livros de ficção em que seus autores acabaram conduzindo seus enredos pelos caminhos da imprecisão e até mesmo da inverdade em relação à ciência. Confira!

1 – As Crônicas Marcianas – Ray Bradbury

Em seu livro, lançado em 1950, Ray Bradbury conta como os seres humanos colonizaram Marte com sucesso. Ele também aborda que a natureza humana não muda, independentemente do planeta em que estão habitando. No entanto, segundo os conhecimentos que temos hoje sobre a estrutura do planeta vermelho, sabemos que a ideia de Bradbury, sobre como funcionaria o processo de colonização de Marte, é bem equivocada.

Em 1960, por exemplo, Carl Sagan descobriu que Marte está congelando com o passar das eras devido a falta de atmosfera. Além de que, os canais em Marte não eram, como se acredita, cursos antigos de água.

2 – Jurassic Park – Michael Crichton

A obra de Michael Crichton, lançada em 1990, se tornou um grande sucesso. Porém, diferente de seu enredo científico altamente detalhista, trazer os dinossauros de volta à vida, felizmente ou infelizmente, ainda não é possível. Apesar de fósseis e restos mortais já encontrados ao longo do tempo, desde os primórdios da paleontologia, para ressuscitar um dinossauro se faz necessário um DNA viável. Capaz de possibilitar aos geneticistas remontar os códigos genéticos dos dinossauros.

3 – Frankenstein – Mary Shelley

No romance de Mary Shelley, de 1818, o cientista Victor Frankenstein conseguiu reviver uma pessoa já morta, após ter se enforcado, utilizando um equipamento cuja a ação é muito parecida com um desfibrilador. Durante o século XIX, pesquisas científicas apoiavam a possibilidade de reviver cadáveres com o uso da eletricidade. O que, muito provavelmente, inspirou Shelley em sua história. Hoje em dia, as pessoas sabem bem que um desfibrilador consegue “reviver” alguém que sofreu uma parada cardíaca, mas não alguém que já se encontra morto.

4 – Não me abandone jamais – Kazuo Ishiguro

No livro lançado em 2005, Kazuo Ishiguro descreve um mundo distópico onde clones são criados para servir como doadores de órgãos. Entretanto, a clonagem de humanos não é algo, ao menos atualmente, possível. Além do mais, não existem garantias de que um clone será tão saudável quanto à pessoa cujas células serviram para sua criação. Isso sem mencionar nas diversas questões ligadas à ética.

5 –  Os Despossuídos – Ursula K. Le Guin

Na obra de Ursula K. Le Guin, de 1979, ela criou um universo com um planeta anárquico, chamado Anarres, extremamente rico em recursos. Ao longo da trama, os personagens questionam os limites de sua autonomia pessoal. Bem como as consequências de exercê-la. Seu personagem principal, Shevek, foi inspirado em um amigo da família de Le Guin, J. Robert Oppenheimer.

No entanto, Shevek se saiu melhor do que a sua “versão real”. Isso porque Oppenheimer tornou possível a primeira explosão atômica de 1945. Porém, ele foi destituído de seu cargo como presidente do Comitê Consultivo Geral da Comissão de Energia Atômica, depois de se opor ao desenvolvimento de uma bomba de hidrogênio nos Estados Unidos. Questionar sua autonomia pessoal ao governo do país, custou a reputação profissional de Oppenheimer.

6 – A máquina do tempo – H. G. Wells

H. G. Wells pode ter sido um dos responsáveis por popularizar a ideia de viagem no tempo, com sua novela de 1895. Teoricamente, viagens no tempo até existem. A teoria da relatividade de Einstein sugere que o tempo é relativo, e nossa percepção sobre ele pode variar. Porém, aparentemente, ainda estamos longe de conseguir reproduzir o tipo de viagem no tempo proposta por Wells em sua obra.

7 – O Mundo Resplandecente – Margaret Cavendish, Duquesa de Newcastle-upon-Tyne

Escrito em 1666, a obra de Margaret Cavendish reuniu alguns conceitos inimagináveis para sua época. Em seu enredo, o Polo Norte da Terra é uma portal para um outro planeta. Assim, um homem foi transportado para outro planeta e declarou guerra contra Terra. No entanto, todos nós sabemos que nada dessas coisas são verdades ou possíveis. Ao menos não por enquanto.

Então pessoal, o que acharam da matéria? Deixem nos comentários a sua opinião e não esqueçam de compartilhar com os amigos.

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