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A história da parada do Orgulho LGBTQIA+

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O Dia do Orgulho LGBTQIA+ é comemorado no dia 28 de junho devido à Rebelião de Stonewall, um acontecimento que se tornou símbolo de resistência e da luta pela igualdade de direitos civis.

O dia 28 de junho de 1969 ficou marcado pela revolta contra uma operação policial violenta em um bar frequentado pela comunidade LGBTQIA+ de Nova York, Estados Unidos.

Os protestos realizados perto do bar duraram dias. Vale destacar que isso aconteceu em uma época em que a comunidade LGBTQIA+ era fortemente reprimida e alguns atos eram criminalizados.

Após Stonewall, as manifestações em prol dos direitos civis de pessoas LGBTQIA+ se intensificaram nos Estados Unidos.

No entanto, agora precisamos voltar um pouco a história para entender como tudo começou. 

O início da história da parada LGBTQIA+

Foto: Whyy.org

Antes da revolta, na década de 1960, já existia uma conferência chamada Eastern Regional Conference of Homophile Organizations (ERCHO). A conferência tinha como objetivo reunir organizações a favor dos direitos da população homossexual.

No dia 4 de julho de 1965, dia da Independência dos Estados Unidos, vários membros dessas organizações se juntaram em frente ao Salão da Independência, na Filadélfia. Elas estavam com cartazes lembrando às pessoas que a população gay não tinha seus direitos civis garantidos.

Esse protesto começou a acontecer anualmente na Filadélfia, e o evento foi chamado de Annual Reminder (lembrete anual, em tradução literal)

Dia da Libertação Gay da Rua Christopher

Foto: Fred W. McDarrah/Getty Images

Depois da Rebelião de Stonewall, alguns ativistas propuseram aumentar a proporção do Annual Reminders. Com isso, eles começaram a ser realizados em memória ao ocorrido no bar de Nova York.

Assim nasceu a Christopher Street Gay Liberation Day (Dia da Libertação Gay da Rua Christopher), em Nova York. A rua Christopher é onde está localizado o bar Stonewall. 

No dia 28 de junho de 1970, no aniversário de um ano da Revolta de Stonewall, uma passeata saiu do local e seguiu por 4,5 quilômetros em direção ao Central Park.

De acordo com uma notícia do jornal The New York Times, a fila de participantes se estendia por 15 quarteirões. Os manifestantes gritavam frases pedindo os direitos civis da comunidade LGBTQIA+, seguravam cartazes, e casais homoafetivos se beijavam publicamente. Isso foi algo tão inovador, que várias pessoas fotografaram a cena.

O protesto também aconteceu em outros lugares. No dia anterior, 27 de junho de 1970, ocorreu uma marcha menor em Chicago, com cerca de 150 pessoas. A de Nova York, no dia seguinte, teve a participação de um público de 3 mil a 20 mil pessoas, segundo disseram os organizadores à imprensa.

As Paradas do Orgulho hoje

Foto: Steven Pisano/Wikimedia Commons

A Revolta de Stonewall e a Christopher Street Gay Liberation Day foram extremamente importantes para o futuro do movimento moderno em prol da igualdade dos direitos civis.

Essas marchas cresceram e se tornaram as Paradas do Orgulho LGBTQIA+ que conhecemos hoje e acontecem todos os anos ao redor do mundo.

Atualmente, desfiles e festivais são realizados em junho, que se tornou o Mês do Orgulho LGBTQIA+.

Em 2019,  no aniversário de 50 anos da Revolta de Stonewall, 150 mil pessoas marcharam em um desfile de 12 horas e meia, em Nova York.

Parada LGBTQIA+ no Brasil

Crédito: Ronaldo Silva/Futura Press/Estadão Conteúdo

No Brasil, a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo é um dos maiores desfiles do mundo e acontece na Avenida Paulista. Em 2022, a 26º Parada LGBTQIA+ contou com a participação de 19 trios elétricos e com diversos artistas na luta contra a discriminação.

De acordo com a Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo, responsável pela organização, o evento reuniu aproximadamente 4 milhões de pessoas na Paulista. Neste ano, a parada retomou o formato presencial após dois anos sendo realizado de forma virtual, com lives, devido à pandemia da Covid-19.

Fonte: Superinteressante, CNN

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