O que é ser queer?

Fazer parte da comunidade LGBTQIA+ sempre foi algo difícil. Para começar, dentro de casa e depois, fora dela. E por mais que dizer que faz parte da comunidade LGBTQIA+ seja cada vez mais visto como um ato de coragem e algo a ser celebrado, ainda assim, é uma coisa bem difícil de se fazer, ainda mais quando a pessoa se identifica com outra letra da sigla que não é tão conhecida, como por exemplo, o queer.

Queer é uma palavra em inglês que significa “estranho”. Esse termo é usado para representar as pessoas que não se identificam com os padrões impostos pela sociedade e transitam entre os gêneros, não concordando com esses rótulos, ou então, que não saibam definir seu gênero/orientação sexual.

No dia 28 de junho, Dia do Orgulho LGBTQIA+, a filha do apresentador Tadeu Schmidt fez uma publicação em seu Instagram comemorando a data e falando sobre o orgulho de ser queer. “Eu sou queer e me orgulho”, escreveu ela em um cartaz.

Queer

G1

A filha do apresentador se identifica com a identidade de gênero queer, representada pela letra Q na sigla. “Há um ano, tomei uma das decisões mais difíceis da minha vida. Uma decisão da qual me orgulho profundamente. Tenho orgulho de ter a liberdade para falar abertamente sobre a minha sexualidade”, disse ela em sua publicação.

O apresentador comentou na publicação da filha demonstrando apoio a ela. Tadeu postou seis corações com as cores da bandeira do arco-íris.

“Orgulho de amar quem eu quiser. Orgulho de ter uma família e amigos que me apoiam incondicionalmente. Orgulho de ser uma mulher queer. Orgulho de ser eu. Ninguém nunca vai tirar o meu direito de amar e ser feliz. Boa sorte para quem tentar. Que esse mês do orgulho tenha sido maravilhoso para todes nós”, concluiu Valentina.

Sigla

Art ref

A sigla que representa a comunidade passou por várias mudanças durante a virada do século XX para o XXI. No entanto, o que permaneceu foi o seu respeito e inclusão de pessoas de diferentes orientações sexuais e identidades de gênero.

Agora, sabendo o que é queer, é importante também saber o que cada letra da sigla representa.

L: lésbica, mulher que se identifica como mulher e tem preferências sexuais por outras mulheres;

G: gay, homens que se identificam como homem e têm preferências por outros homens;

B: bissexual, que têm preferências sexuais por ambos os gêneros;

T: transexuais, travestis, transgêneros e não binárie, que são pessoas que não se identificam com os gêneros masculino ou feminino atribuídos no nascimento com base nos órgãos sexuais;

Q: questionando ou queer, palavra em inglês que significa “estranho” e, em alguns países, ainda é usado como termo pejorativo. É usado para representar as pessoas que não se identificam com padrões impostos pela sociedade e transitam entre os gêneros, sem concordar com tais rótulos, ou que não saibam definir seu gênero/orientação sexual;

I: intersexuais, que apresentam variações em cromossomos ou órgãos genitais que não permitem que a pessoa seja distintamente identificada como masculino ou feminino. Antes, eram chamadas de hermafroditas;

A: assexuais, são aqueles que sentem pouco ou nenhuma atração sexual pelos gêneros;

+: todas as outras letrinhas do LGBTT2QQIAAP, que não para de crescer.

O mês de junho é dedicado ao orgulho LGBTQIA+ porque em 1969, nessa época, foi quando a polícia invadiu o bar Stonewall, em Nova York. O bar era frequentado por membros da comunidade que protestaram contra a invasão policial. Por conta disso, já no ano seguinte surgiu a primeira grande parada LGBTQIA+, conhecida como “Libertation Day”.

Desde então, felizmente, cada vez mais pessoas estão podendo ser quem são com sua orientação sexual, inclusive pessoas famosas. Isso faz com que essa pauta seja vista como deve ser: com normalidade. E não deixa de ser uma coisa linda de se ver todo o progresso que a sociedade como um todo está passando.

Fonte: G1

Imagens: G1, Art ref