História

A história por trás da foto do menino sírio que chocou o mundo

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Você já deve ter visto a história do menino sírio Aylan Kurdi, que se afogou no Mar Mediterrâneo. A imagem chocou o mundo e se tornou um símbolo para o problema que está por trás de toda esta história: a crise migratória que impera na região desde o início do ano. A situação se tornou tão grave que o presidente islâmico da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou os países europeus de terem transformado o Mar Mediterrâneo em um cemitério de migrantes.

A família de Kurdi tentava escapar das atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico, mas apenas o pai Abdullah sobreviveu à travessia. A mulher, Rehan, bem como outro filho, Galip (5), morreram. Abdullah pretendia levá-los para o Canadá, país onde vive sua irmã. Depois do incidente, no entanto, ele informou aos parentes canadenses que pretende retornar para Kobana, onde quer enterrar os parentes.

Sirio

Entenda a crise

Abdullah e sua família receberam de sua parente no Canadá uma oportunidade de travessia mais segura, e a possibilidade de um asilo com o governo canadense. Devido à situação precária em que estavam vivendo, no entanto, Abdullah decidiu partir para a Europa como refugiado o quanto antes.

Quero que o mundo inteiro nos escute e veja onde chegamos tentando escapar da guerra. Vivo um grande sofrimento. Faço esta declaração para evitar que outras pessoas vivam o mesmo”, disse Abdullah Kurdi para jornalistas turcos, evidenciando o sofrimento de quem vive nas zonas de guerra, em especial contra o Estado Islâmico.

Imigrante

E ele não esta sozinho. De acordo com a Guarda Costeira Turca, nos primeiros cinco meses de 2015, 42 mil pessoas foram resgatadas no Mar Egeu. Só na semana passada foram mais de dois mil refugiados. No mesmo dia em que o corpo de Aylan foi resgatado, outros 100 refugiados foram resgatados na tentativa de chegar à Europa. 2.643 já morreram, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações.

“Se estas imagens com poder extraordinário de uma criança síria morta levada a uma praia não mudarem as atitudes da Europa com relação aos refugiados, o que mudará?”.

A questão levantada pelo jornal britânico Independent ilustra bem a precária situação dos imigrantes. De acordo com a Anistia Internacional, o mundo passa pela pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. A maioria dos migrantes que chegam à Grécia pelo mar são sírios em fuga da guerra em seu país.

Entre os que chegam a Itália, a maioria são eriteus. Alguns governos tem se recusado a receber os refugiados, indo de contra à União Europeia, que propõe a criação de um plano para tratar a crise. Espera-se que os novos acontecimentos levem os países a entrar em um consenso mais favorável aos imigrantes.

Fontes: BBC | G1 | G1

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