Curiosidades

A rotina nua e crua de um porteiro de praia naturista

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Da série profissões inusitadas, hoje iremos conhecer o porteiro de praia naturista. João Marcus Campelo é morador da Paraíba e controla o fluxo de pessoas na praia do Tambaba, a qual tem uma parte dedicada ao público naturista.

A rotina do porteiro é orientar as pessoas sobre as regras do local e garantir que as normas tenham cumprimento. Para isso, ele precisa ficar nu durante o expediente, algo que o próprio trabalhador já se acostumou. “Depois de cinco minutos, ninguém lembra que está sem roupa”, relata João ao G1.

Fonte: João Marcus / Arquivo pessoal

Rotinas e funções 

Assim como qualquer outra pessoa, o porteiro precisa se vestir para o trabalho. Então, no distrito de Jacumã, que pertence ao município de Conde, ele se arruma para pegar o transporte até a Praia do Tambaba. Dessa forma, ao chegar ao serviço, sua primeira atividade é varrer a entrada do ponto turístico.

Em seguida, João entra em um biombo, onde tira as roupas e aguarda a chegada dos visitantes do centro de lazer naturista. A propósito, o porteiro do local não fica nu por inteiro, pois ele usa um boné azul juntamente com um colete da mesma cor que tampa o seu peito. “O resto do corpo é nu, mas tem essa fardinha”, explica ele.

Basicamente, ficar nu não é mais uma situação desconfortável para o colaborador. Ao contrário, o estranhamento acontece quando acaba o seu expediente e ele volta a ver pessoas vestidas: “Quando você volta pra casa e vê o pessoal vestido é uma sensação estranha. São horas trabalhando com todo mundo nu. É muito doido isso”.

No biombo, João orienta os turistas sobre as regras da praia naturista, que são as seguintes:

  • Homem sozinho não pode entrar, a menos que seja surfista ou associado à Sonata;
  • Menores de idade só entram com acompanhamento dos pais ou responsáveis;
  • É necessária a nudez total;
  • Não se pode tirar fotos ou fazer vídeos, a menos que sejam feitas em locais isolados;
  • E, por último, aproveite a praia!

Fonte: Francisco França / Jornal da Paraíba

Além disso, vale lembrar que a Praia do Tambaba tem dois espaços: um para pessoas vestidas e outro para praticantes do naturismo. Nesse sentido, cabe ao porteiro dividir esse fluxo e garantir que os dois conceitos prossigam da melhor forma.

Como ele conseguiu esse empego?

A princípio, o sonho profissional de João não era trabalhar na Praia de Tambaba. Isso porque ele tem formação para ser professor de português, porém, ainda não encontrou uma vaga de trabalho neste ramo. Sendo assim, nos dias atuais ele vive do expediente no destino naturista e de correções textuais.

Em síntese, ele divide o biombo com outros dois colegas venezuelanos, os quais, assim como João, são autônomos e diaristas. Inclusive, nenhum dos profissionais se considera naturista, mas isso não é critério para ocupar o cargo.

Durante os testes de admissão, o importante foi o desempenho do trabalhador na orientação de homens que chegavam sozinhos, os quais precisam seguir condições mais restritas para ficar na praia. Quem lhe avaliou foi o Presidente da Sociedade Naturista de Tambaba (Sonata).

Fonte: Marco Pimentel / PBTur

Hoje, com a experiência que acumulou, o porteiro faz interessantes reflexões sobre o tabu que gira em torno da vestimenta. “As pessoas entram e quando descem as escadas no local de tirar a roupa, travam, não descem e voltam. É muito forte essa indumentária da roupa. É difícil algumas pessoas entenderem o naturismo como uma prática”, explica ele.

Apesar de estar feliz na ocupação, ele diz que ainda quer trabalhar em salas de aula, porém, no momento, o Tambaba lhe ampara melhor financeiramente. Isso porque, durante o expediente, ele recebe boas gorjetas dos turistas que visitam a primeira praia naturista do Nordeste.

Fonte: G1.

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